Assembleia gaúcha rejeita plebiscito das estatais

Por 29 votos a 23, a Assembleia Legislativa rejeitou, no início da noite desta terça-feira, o projeto que reduzia de cinco para três meses o prazo entre o chamamento e a realização de um plebiscito para consultar os eleitores sobre a federalização ou a privatização de três estatais de energia – CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Com isso, não há mais chance de a consulta ocorrer ainda em 2018, junto com as eleições de outubro. Enviado em regime de urgência, o texto passou a trancar a pauta em 29 de maio no Parlamento.

Por mais de duas horas, os deputados debateram o teor da matéria. Temendo não ter votos necessários, a base aliada solicitou, por diversas vezes, a verificação de quorum com intuito de retardar a votação para a próxima terça.

Ao lamentar a derrota em plenário, o líder de governo, deputado Gabriel Souza (MDB) adverte que sem a venda de estatais, o Piratini pode inviabilizar a costura de adesão do Estado ao plano de ajuste fiscal, com o governo federal. “Isso coloca em xeque não só a adesão, mas naturalmente também coloca em risco a liminar que nós temos na Justiça e que nos dá a possibilidade de não pagar a dívida, que custa em torno de R$ 280 milhões por mês”, lembrou.

Desde agosto de 2017, o Estado não vem realizando o pagamento das parcelas da dívida com a União. Em março, o Piratini já havia deixado de repassar mais de R$ 2,2 bilhões ao Planalto. Gabriel Souza criticou ainda a postura de parlamentares aliados do PSDB e parte do PTB, que votaram contra o governo.

Foto: Rádio Guaíba

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