Brasil de Ideias: País tem elementos para crescimento sólido

As reformas já feitas no país, a inflação estabilizada e a Selic no menor nível da história são indicativos de que o Brasil que vem por aí será melhor do que o atual. Essa foi a conclusão dos palestrantes do Brasil de Ideias realizado nesta quinta-feira (22), em Porto Alegre. Felipe Miranda, sócio-fundador da Empiricus, e Marcos Troyjo, diretor do BricLab da Universidade de Columbia, sinalizaram caminhos da economia na palestra “Como ganhar dinheiro em 2018”.

“Escolhemos este tema porque perdemos muito tempo em 2017 e precisamos saber onde investir e o que fazer neste ano de eleições”, afirma Karim Miskulin, diretora executiva da Revista VOTO, que promove o evento.

Felipe Miranda salientou que a foto de hoje do Brasil é muito positiva. A eleição tende a criar alguma oscilação no mercado, mas ele não vê outro caminho a não ser uma opção liberal – independentemente de quem for o candidato – para governar o país e dar conta do que é preciso fazer, como reformas e um plano para estancar a dívida explosiva. “É inexorável fazer a reforma da Previdência porque não há outra saída”, acrescentou.

Outro ponto positivo que repercute em toda a economia é a queda da taxa Selic, porque, entre outros movimentos, deve favorecer a migração de investimento da renda fixa para a bolsa de valores. Os dois palestrantes do Brasil de Ideias projetam pontuação acima de 110 mil para a BM&FBovespa nos próximos 12 meses.

“O Banco Central diz que Selic pode chegar a 6% ao ano. O juro baixo tem um efeito brutal na economia. Isso e mais a oferta de capital e trabalho disponível hoje faz o Brasil reunir elementos para crescer”, previu o estrategista-chefe da Empiricus.

Urso ou touro?

Troyjo destacou que o Brasil é considerado por parte dos investidores estrangeiros como um urso. No jargão do mercado de capitais, é um símbolo de queda, pois o animal ataca para baixo. É o contrário do touro, representante de otimismo, porque agride de baixo para cima. O diretor do BricLab elencou 10 razões pelas quais o país é visto como um urso. Corrupção sistêmica, baixo investimento em pesquisa e fuga de cérebros para o exterior são alguns dos motivos.

“O Brasil é visto como um serial killer de oportunidades”, destacou. Contudo, acrescentou o especialista da Universidade de Columbia, esse cenário não deve se concretizar porque o país tem muitos atributos para ser uma economia de destaque.

Troyjo relatou que há uma gigantesca liquidez no mundo em busca de locais para fazer investimentos. “Puxado pela Ásia, o consumo de alimentos vai crescer no mundo, o que favorecerá commodities brasileiras”, disse para uma plateia formada por empresários, executivos, políticos e formadores de opinião.

Outro ponto a favor é que, com o processo de saída do Reino Unido da União Europeia e a agenda do presidente Donald Trump, “o risco político migrou para o Hemisfério Norte”, desviando a atenção de problemas daqui.

O Brasil de Ideias tem o patrocínio da Braskem, Dana e CPMC Celulose Riograndense. Ao longo das próximas edições, o evento reunirá os principais candidatos à Presidência da República.

Crédito das fotos: Jefferson Bernardes/Agência Preview

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