Câmara barra denúncia contra Temer

Após mais de 12h de discussão e votação, a Câmara dos Deputados aprovou o relatório do tucano Paulo Abi-Ackel, que pede o arquivamento da denúncia contra Michel Temer, por 263 votos contra 227, duas abstenções e 19 ausências.

A abertura de processo no Supremo – o que implicaria o afastamento do presidente por até seis meses – dependia de autorização da Câmara. O STF só poderá apreciar a denúncia contra Temer após a conclusão do mandato do presidente, que vai até 31 de dezembro de 2018.

Com o quórum foi superior aos 342 deputados necessários em Plenário para votar o parecer, cada deputado foi chamado ao microfone para proclamar seu voto em 15 segundos. O “sim” concorda com o relatório apresentado pelo deputado Paulo Abi-Ackel, contrário à instauração de processo contra o presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal.

No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto sim, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, Psol e PMB) orientaram o não. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decida individualmente.

Os deputados foram chamados ao microfone começando por um estado do Norte (Roraima), seguido por um estado do Sul (Rio Grande do Sul) – e vice-versa (Sul e Norte), prosseguindo assim, sucessivamente, até o último estado (Alagoas).

A sessão que analisou se arquivava ou permitia o prosseguimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, por corrupção passiva começou às 9h e só se encerrou nesta noite. Esta foi a primeira vez na história do Brasil que um presidente é alvo de acusação formal durante exercício do mandato.

Antes da votação, o relator do parecer aprovado na CCJ, deputado Abi-Ackel, fez a leitura de seu voto por 25 minutos.

Depois disso, cada deputado teve direito para debater o tema por cinco minutos. Não faltou bate-boca, empurra-empurra e muita gritaria no Plenário. Malas de dinheiro falso, pixulecos e cartazes marcaram a tumultuada sessão.  Em meio a tanta confusão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, comentou que a votação deveria se encerrar no início da noite para que ele não perdesse o jogo do seu time, o Botafogo.

Tag:

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Please enter comment.
Please enter your name.
Please enter your email address.
Please enter a valid email address.
Please enter a valid web Url.