Cresce o apoio à Lei de Incentivo à Segurança

Ao agradecer por mais uma doação realizada pelo Instituto Cultural Floresta, o governador José Ivo Sartori defendeu nesta manhã de sexta-feira, 29 de junho, a criação da Lei de Incentivo à Segurança, pela qual luta a entidade. Desta vez, foram doadas 220 pistolas Glock calibre .40 modelo G22, todas compradas graças a doações de empresários reunidos em torno do instituto. “Que a lei seja mais um incentivo para as pessoas ajudarem”, disse o governador, em cerimônia no Salão Alberto Pasqualini, no Palácio Piratini, referindo-se ao projeto de lei que deve ser encaminhado nos próximos dias à Assembleia Legislativa.

Representado na solenidade pelo presidente do Conselho, Claudio Goldsztein, o Instituto Cultural Floresta recebeu elogios pela iniciativa, descrita como um exemplo para o Brasil. “São empreendedores jovens, que dão este testemunho de que nem tudo está perdido em nossa sociedade e que é possível fazer alguma coisa para dar instrumentos para aqueles que trabalham na Segurança”, destacou Sartori. “A parceria do Instituto Cultural Floresta com a segurança é uma parceria com a sociedade.”

O secretário estadual da Segurança, Cezar Schirmer, também ressaltou no discurso a importância do exemplo do Instituto Cultural Floresta. “Aqui no Rio Grande encontramos um grupo de abnegados que compreendeu que o poder público tem dificuldade de enfrentar sozinho o crime”, salientou, diante de um público formado por comandantes e chefes das instituições de segurança, entre outras autoridades. “O pouco de cada um pode significar o muito de todos.”

Ao falar em nome do instituto, Claudio Goldsztein recordou a dificuldade que foi adquirir o armamento. “Começamos a compra em agosto do ano passado”, lembrou. “Um tempo longo demais para a iniciativa privada e curto para um governo. Queremos chegar ao meio-termo.” Para tanto, a entidade vem lutando pela aprovação da lei de incentivo à segurança que reduz a burocracia e facilita doações da sociedade para equipar as forças policiais no combate à criminalidade.

Cada unidade vem com a pistola, kit de manutenção, 4 carregadores (2 de 17 e 2 de 15 tiros) e kit para ajuste de empunhadura. Armas serão destinadas para delegacias de Polícia da Capital e também de cidades do Interior, priorizando as equipes e policiais que atuam “em campo”. Esse lote se destina à Polícia Civil. Outros lotes já foram adquiridos para a Brigada Militar, mas os pedidos e as liberações são diferentes, assim como os trâmites internos de cada corporação.

O próximo repasse às forças policiais será a doação de 1,2 mil pistolas Glock G22 e dois ônibus, destinados à Brigada Militar. Os veículos serão utilizados pelo 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), no transporte da tropa.

De fabricação austríaca, as pistolas, calibre .40, são consideradas por especialistas um dos mais avançados equipamentos para uso policial. São dotadas de mira tritium, que permite melhor visualização da arma em condições de pouca ou nenhuma luz, dessa forma melhorando a performance do policial.

As 220 pistolas entregues nesta sexta-feira entram na conta dos cerca de R$ 14 milhões inicialmente doados (a primeira entrega, em 28 de março, foi de veículos, armas e equipamentos que somaram R$ 9 milhões). Com esse montante também estão sendo comprados armamento e equipamentos coletes, GPS e rádios que reforçam o poder de combate ao crime. Os recursos vêm de 55 doadores, dos quais 30 pessoas e 25 empresas. Nenhum deles teve o benefício de isenção tributária.

A primeira solenidade de doação do Instituto Cultural Floresta ocorreu em 28 de março, no estacionamento do Iguatemi Porto Alegre. Na cerimônia foram entregues 46 veículos Pajero que ampliaram a capacidade operacional de unidades da Brigada Militar e da Polícia Civil.

O objetivo do Instituto Cultural Floresta é que a iniciativa seja ampliada. É fomentar o engajamento da sociedade civil para tornar esse tipo de iniciativa permanente. O ICF luta pela criação de uma Lei de Incentivo à Segurança, destinada a facilitar a operacionalização das doações, para que não fiquem presas à burocracia e estimulem contribuições.

O presidente do Conselho do Instituto Cultural Floresta, Claudio Goldsztein, destaca:

“Após aprovada a nova Lei de Incentivo a Segurança, que o Governo está por enviar para a Assembleia Legislativa, em pouco tempo os recursos destinados diretamente para a segurança poderão recompor a frota das polícias, substituir todas as armas antigas e atender demandas das áreas de perícia, bombeiros ou prisional, com equipamentos que dificilmente o governo teria condições de adquirir sozinho.”

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