Eliseu Padilha assume interinamente o Ministério do Trabalho

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, assumirá interinamente o Ministério do Trabalho. Ele acumulará as duas pastas. A nomeação de Padilha deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial.

Em nota à imprensa, o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer recebeu e aceitou o pedido de exoneração do ministro do Trabalho, Helton Yomura. “O presidente agradeceu sua dedicação à frente da pasta”, diz a nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada hoje (5) pela Polícia Federal (PF), o ministro Helton Yomura prestou depoimento na superintendência do órgão, em Brasília, acompanhado por seu advogado, e depôs por cerca de uma hora. Em nota, o advogado do ministro, César Caputo Guimarães, confirmou que, em função das investigações, Yomura foi suspenso de suas funções no ministério e afirmou que todas as medidas jurídicas cabíveis seriam adotadas para reverter tal medida, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mais cedo, Helton Yomura havia sido suspenso do cargo em uma nova fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal. O pedido de suspensão, feito pela PF, foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na decisão de Fachin, Yomura foi impedido de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com demais investigados ou servidores da pasta.

A PF também cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ele foi proibido de frequentar o ministério e de manter contato com outros investigados e servidores da pasta, exceto quando for imprescindível ao exercício do mandato de deputado.

De acordo com a Polícia Federal, Helton Yomura foi lançado no cargo de ministro do Trabalho para dar continuidade às irregularidades investigadas na operação. A Polícia apontou que ele é um “testa de ferro” de caciques do PTB, partido que indica ministros do Trabalho no governo Michel Temer, segundo o site G1.

Operação Registro Espúrio

No dia 30 de maio, a Polícia Federal deflagrou a Operação Registro Espúrio, que apura fraudes em contratos sindicais junto ao Ministério do Trabalho. Agentes da PF realizaram busca e apreensão na Câmara dos Deputados.

Entre os principais alvos da operação estavam os gabinetes dos deputados Paulinho da Força (SD), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB).

Ao todo, a PF cumpriu 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária. A operação se estendeu também pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
Segunda fase

Na manhã do dia 12 de junho, foi deflagrada a segunda fase da Operação Registro Espúrio. O objetivo era aprofundar as investigações sobre a suposta organização criminosa que teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho. Este grupo é formado por políticos e servidores.

O alvo da operação foi a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços da deputada, como o gabinete e o apartamento funcional.

Os agentes da PF cumpriram ainda três mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF em Brasília e Rio de Janeiro. Por meio de nota, a PF afirmou que “além das buscas, a pedido da Polícia Federal e da PGR, serão impostas medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores do Ministério”.

Foto José Cruz/ABr

 

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