EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel e mundo reage

O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos passam a reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, revertendo quase sete décadas de política externa americana, e determinou o início dos preparativos para a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a disputada cidade, que está no centro do conflito entre árabes e isralenses.

Essa foi uma das promessas de campanha de Trump, o primeiro presidente norte-americano a visitar o muro das lamentações, em maio deste ano. Entre os principais obstáculos para a paz no conflito entre israelenses e palestinos está o status de Jerusalém. Até 1967, a cidade era dividida. Durante a guerra, seu lado oriental era ocupado por Israel, que, desde então, governa toda a cidade e diz ser sua capital.

Mas ela não é internacionalmente reconhecida assim, e os palestinos também querem que Jerusalém seja a capital de seu estado.

Diversos países declararam sua oposição ao anúncio. A Organização para a Libertação da Palestina disse que esse seria o “beijo da morte” para a solução de dois estados. O Iraque se posicionou contra. A Liga Árabe disse que teria consequências sérias se os Estados Unidos fossem adiante com a decisão. O presidente da Turquia disse que o país poderia até cortar relações com os Estados Unidos.

A Alemanha disse que a decisão de transferir a embaixada é perigosa. E a União Europeia afirmou que qualquer ação que dificultasse a possibilidade de criar dois estados separados para israelenses e palestinos deve ser evitada.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunirá amanhã (8) para analisar uma resposta diante do anúncio dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

A reunião de urgência foi solicitada por oito dos 15 integrantes do conselho: Bolívia, Egito, França, Itália, Reino Unido, Senegal, Suécia e Uruguai, informaram fontes diplomáticas.

Foto: Shealah Craighead

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