Ex-governador do Paraná Beto Richa é preso na Lava Jato

A prisão preventiva do ex-governador do Paraná Beto Richa foi decretada pelo juiz da 23ª Vara Federal de Curitiba Paulo Sérgio Ribeiro após pedido do Ministério Público Federal. Ele é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Integração, fase da Lava Jato que investigou a concessão de rodovias no estado paranaense – quando a operação foi deflagrada, no ano passado, ele foi alvo de busca e apreensão. Também em 2018, Beto Richa chegou a ser preso, mas em outra investigação, comandada na época pelo Ministério Público Estadual.

Richa é investigado por ter recebido recursos da Odebrecht, cerca de R$ 2,5 milhões, para sua campanha à reeleição em 2014. Em troca, teria direcionado a PPP da PR-323 para a Odebrecht. A empreiteira ganhou a licitação, mas a obra nunca saiu do papel.

De acordo com a Justiça Federal, por volta das 7h, Beto Richa foi localizado na residência. O contador da ex-primeira dama Fernanda Richa, Dirceu Pupo Ferreira, também foi preso preventivamente.

A prisão é um desdobramento da Operação Integração, uma das fases da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na concessão de rodovias do Anel de Integração, no interior do Paraná.

Os pedidos de prisão foram feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) com base, entre outros elementos, no depoimento de Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Paraná (DER/PR). Ele teria detalhado a participação do ex-governador e de sua cúpula política no comando das negociações e arrecadação de vantagens indevidas junto às empresas concessionárias de pedágio.

 

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