Petrobras baixa preço do diesel em 10% por 15 dias

A Petrobras vai baixar o preço do diesel em 10% por 15 dias. O objetivo desta redução é permitir que o governo tenha mais tempo para negociar um acordo definitivo com os representantes dos caminhoneiros, que estão em greve há três dias.

“Trata-se de uma medida excepcional, que não representa uma mudança na política de preços da Petrobras”, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente. A medida é para que o governo tenha tempo de negociar com os caminhoneiros.

Parente afirma que a ação tem caráter excepcional e não irá alterar a política de preços praticada pela Petrobras, influenciada pelo mercado internacional e variação cambial. A gasolina não será atingida pela medida.

Greve dos caminhoneiros causa transtornos em 22 estados

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabiliza interrupções em rodovias federais de 22 Estados por causa da paralisação de caminhoneiros autônomos, que fazem bloqueios nas estradas desde segunda-feira (21) pedindo a retirada dos encargos tributários sobre o diesel. Os motoristas também criticam o ajuste diário dos preços do combustível que, segundo eles, dificulta o planejamento do frete.

Segundo o balanço da PRF, há bloqueios no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Minas Gerais, em Goiás, em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, na Bahia, em Sergipe, em Alagoas, em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Tocantins, no Ceará, no Maranhão, no Pará, no Amazonas e em Rondônia.

No Distrito Federal, a paralisação causou o cancelamento de voos no Aeroporto de Brasília. O Estado com maior número de interdições até esse horário é Minas Gerais, com 35, seguido do Rio Grande do Sul (33). Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), havia paralisações de caminhoneiros em 23 Estados.

Além dos 22 Estados citados pela PRF, a associação aponta manifestações também em Roraima. A Abcam cita como Estados com mais bloqueios o Paraná e Minas Gerais, com 32 manifestações cada um.

a paralisação dos caminhoneiros contra o aumento no preço do diesel afetou diversos serviços em todo o país. Aeroportos, indústrias e agroindústrias tiveram suas atividades atingidas pelos protestos nas principais rodovias federais.

Em Brasília, a concessionária Inframerica, que administra o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, decidiu contingenciar o combustível estocado no aeroporto, por causa da possibilidade de falta de querosene para abastecer as aeronaves. Isto porque os veículos que transportam a querosene de aviação estão retidos em rodovias interditadas no entorno do Distrito Federal.

No Rio Grande do Sul, a paralisação afetou a linha de produção da General Motors, devido a falta de abastecimento de componentes para a montagem de veículos. A empresa informou que suspendeu a produção na fábrica de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Além da paralisação, a GM disse também enfrentar dificuldades na distribuição de veículos à rede de concessionárias.

Foto: Agência Brasil

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