Intenção de consumo dos gaúchos segue em baixa, revela Fecomércio-RS

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) medida pela Fecomércio-RS reduziu 9,8% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira (20). Aos 62,3 pontos, o indicador mais uma vez confirma que a intenção de consumo das famílias do Rio Grande do Sul permanece sendo pressionada pela conjuntura econômica restritiva. “A intenção de consumo das famílias é fortemente impactada pela dinâmica do mercado de trabalho e do mercado de crédito. E ambos ainda não deram condições para impulsionar o ímpeto de consumo das famílias”, afirma o presidente da Fecomércio-RS Luiz Carlos Bohn.

O mercado de trabalho deprimido, com redução da renda média da população, é uma realidade  confirmada pelo resultado do indicador que mede a situação de renda que caiu 37,4% comparativamente ao mesmo período de 2016, alcançando 45,9 pontos, o menor nível da série histórica medida pela Fecomércio-RS. A avaliação que mede a situação do emprego registrou alta de 1,2%  e retornou ao patamar otimista, alcançando 107,4 pontos. Isso mostra que apesar da economia apresentar resultados fracos, pode começar a se dissipar a insegurança quanto à permanência no emprego, o que pode vir a se refletir positivamente no consumo num futuro próximo.

O indicador relacionado ao nível de consumo atual, por sua vez, teve queda na comparação interanual, com recuo de 20,1%, registrando  33,8 pontos. A conjuntura de diminuição da renda real, juros altos e deterioração do mercado de trabalho explicam o patamar deprimido do indicador. O indicador referente à facilidade de acesso a crédito recuou 19,9% em relação a fevereiro/2016, ficando em 49,3 pontos. Já o indicador referente ao momento para consumo de bens duráveis teve diminuição de 11,6% sobre fevereiro/2016, registrando 36,5 pontos.

Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 72,6 pontos, uma variação negativa de 9,0% sobre fevereiro/2016. Já as perspectivas de consumo, aos 90,8 pontos, apresentou variação positiva de 14,7%, seguindo tendência de alta desde julho do ano passado. “A pesquisa parece consolidar uma melhora na perspectiva de consumo. As pessoas ainda não estão otimistas quanto ao futuro, mas estão cada vez menos pessimistas. E isso já é algo a ser comemorado”, concluiu o presidente da Fecomércio-RS.

Foto: EBC na Rede

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