Jornalismo está em luto com a morte de Ricardo Boechat

O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no início da tarde de hoje (11) em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista, ao interior. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave  Ronaldo Quatrucci também morreu carbonizado. O helicóptero era de 1975 e estava com a documentação em dia.

Boechat era uma referência para o jornalismo brasileiro e sua morte causou comoção pelo País. Ele atuava como âncora de telejornais na Band e na rádio BandNews FM.

O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para lamentar a morte do jornalista Ricardo Boechat: “É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, que estava no helicóptero que caiu hoje em SP. Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!”, escreveu o presidente da República.

Em nota, Davi Alcolumbre, presidente do Senado, disse que Ricardo Boechat “era um profissional reconhecido pelo trabalho e senso crítico aguçado revelado nos principais meios de comunicação do país”.

No Twitter, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, escreveu que “Boechat foi um dos grandes comunicadores do nosso país e uma referência de bom jornalismo e independência”.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também lamentou a morte do jornalista. “Referência no jornalismo brasileiro, respeitado pela coragem e veemência na denúncia da má gestão pública e privada, Boechat com certeza deixará saudade em tantos ouvintes, telespectadores, leitores e admiradores.”

A emoção de Datena

O responsável por anunciar a morte de Boechat a Band, nesta segunda-feira (11), foi o apresentador José Luiz Datena. Ele foi chamado durante a programação esportiva da emissora e, visivelmente emocionado, fez o anúncio e aproveitou para prestar uma homenagem ao colega – chamado por ele de “o maior âncora da televisão brasileira”.

“Eu jamais pensei que fosse dar essa informação. Mas infelizmente essa é a notícia. Infelizmente. É um momento muito triste para o grupo Bandeirantes e para a família Band. Para todo o jornalismo brasileiro. Ele era hoje o maior jornalista do país pela sua coragem, pela sua forma de combater a corrupção, pela sua forma de combater as injustiças. Ele era uma das grandes referências da história do jornalismo brasileiro. Eu confio muito nos desígnios de Deus, mas, em um momento como esse, a gente se pergunta se essa era a forma de terminar sua história nesse plano. Pessoas como ele não morrem jamais. Elas deixam sua obra, sua amizade. Ele não era só bem quisto por vocês que o acompanham no jornalismo da Band. Ele era amado pelas pessoas. Eu não sou um cara de muitas amizades, mas admirava a forma como ele tratava e como era tratado pelas pessoas. Todos iguais. É uma pena ter que informar isso. A dor é tão profunda que é difícil de explicar em palavras (…) É como se todos nós tivéssemos perdido um ente querido”, disse.

“Esse é um dos piores momentos da minha vida. Às vezes a gente fica pensando até que ponto vale a pena. Até que ponto realmente a vida é legal. Mas se o Boechat estivesse aqui, diria que vale a pena pra caramba! Em todos os seus minutos, segundos, frames de TV. A vida vale muito a pena. Para ele sempre valeu. Ele sempre usou o tempo que teve, o espaço que teve, de forma honesta, correta e verdadeira, acima de tudo”, completou.

“A gente tem que usar agora a velha frase de sempre: a vida continua. Pois é. Mas vai ser tão difícil continuar a vida sem um amigo como ele (…). Que descanse em paz”, concluiu.

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