Justiça nega pedido de Lula para suspender depoimento

O ex-presidente havia solicitado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região a suspensão do processo do triplex do Guarujá. O juiz federal Nivaldo Brunoni negou o pedido e manteve o depoimento de Lula marcado para esta quarta-feira. Será a primeira vez que o petista irá se encontrar pessoalmente com Sérgio Moro.

A decisão é do juiz federal Nivaldo Brunoni, convocado para substituir desembargador federal relator da Lava Jato na 8ª Turma, em Porto Alegre, João Pedro Gebran Neto.

A defesa do ex-presidente recorreu com um habeas corpus que pede liminarmente a suspensão do processo sobre o triplex da empreiteira OAS. No pedido, os advogados solicitavam ainda mais tempo para análise de documentos.

Em sua decisão, o magistrado destacou que o interrogatório de Lula ganhou repercussão nacional e que isso mudou a rotina do da Justiça Federal de Curitiba. “Medidas excepcionais foram tomadas para evitar tumulto e garantir a segurança nas proximidades do fórum federal; prazos foram suspensos, o acesso ao prédio-sede da Subseção Judiciária será restrito a pessoas previamente identificadas e o trânsito nas imediações será afetado, medidas que vem mobilizando vários órgãos da capital paranaense”, escreveu.

Para o magistrado, não há razão para suspender o interrogatório e o andamento da ação penal.

“Assim, ausente flagrante ilegalidade e possibilitada pela própria autoridade coatora a apresentação de documentação até a fase do art. 402 do CPP e, ainda, a eventual repetição de atos processuais já realizados, não há razão para o deferimento de suspensão do interrogatório do paciente e sobrestamento da ação penal”, diz o texto.

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, pediu às polícias Federal e Rodoviária Federal que reforçassem a atenção, por meio de seus setores de Inteligência, para os preparativos dos protestos voltados ao interrogatório do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro, agendado para quarta-feira (10) em Curitiba.

Serraglio foi procurado no final de abril pelo prefeito da capital paranaense, Rafael Greca (PMN). Ele externou ao ministro a preocupação com a segurança da cidade, uma vez que milhares de pessoas chegarão a Curitiba para manifestações favoráveis a Lula. Há também aqueles que prometem realizar manifestações favoráveis a Moro, o que poderá tornar o clima nos arredores do prédio da Justiça Federal acirrado.

Cerca de 500 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) começaram a chegar a Curitiba, em mais de 20 ônibus, para acompanhar o depoimento do ex-presidente. Com informações G1 e Época.

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