Lava Jato investiga compra de voto para eleger Rio-2016

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o bloqueio de até R$ 1 bilhão do patrimônio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB); do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, o “Rei Arthur”; e de Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia do empresário. O objetivo, segundo procuradores, é reparar os danos causados pelos trio devido às proporções mundiais da acusação, de fraude na escolha da sede da Olimpíada Rio 2016.

Segundo o MPF, os investigados obtiveram lucros mediante prática de corrupção e, com isso, lesaram os cofres públicos. O pedido de bloqueio, que inclui bens de valor como apartamentos, joias, carros e até um jatinho particular, seria essencial para o desmantelamento da organização criminosa.

As investigações conjuntas do Ministério Público Federal (MPF) do Brasil com o ministério público financeiro da França, sobre fraudes na escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016, indicam que um ex-assessor do então prefeito Eduardo Paes contou ter pago propina em troca de votos.

Segundo o MPF, em julho de 2009, Eric Maleson informou às autoridades brasileiras, por meio de carta rogatória, que a delegação brasileira composta pelo presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, e Ruy Cezar, foi à Nigéria para apresentar o Rio aos países africanos. Depois, Miranda Reis relatou a Eric que teria pago quantia para garantir a votação pela cidade fluminense

A Operação Unfair Play tem o objetivo de desmontar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do governo fluminense.

“As investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros”.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, no Rio, e estão sendo cumpridos em endereços nos bairros do Leblon, Ipanema, Lagoa, centro, São Conrado, Barra da Tijuca, na zona sul, e do Jacaré, na zona norte, e no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em Paris, na França.Com informações Revista Exame/ABr/G1

Foto: Getty Images

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