Lula não cumpre prazo dado por Moro

O ex-presidente Lula não cumpriu o prazo dado pelo juiz Sérgio Moro. Ele permanece no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo  e interlocutores do petista estariam negociando com a Polícia Federal.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará preso em sala especial na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, conforme mandado de prisão expedido pelo juiz federal Sérgio Moro. Lula teria que se entregar à PF até às 17h desta sexta-feira (6) e não poderia ser algemado. Se resistir, agentes poderão buscá-lo em sua casa. O uso de força também estará autorizado caso haja resistência. Além disso, condições de prisão podem mudar se Lula não se apresentar voluntariamente.

Na decisão na qual decretou a prisão, Moro explicou que Lula não ficará em uma cela “em atenção à dignidade cargo que ocupou”. De acordo com o juiz, o ex-presidente deve ficar separado dos demais presos para “preservar sua integridade física e moral”.

O juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, determinou a prisão do ex-presidente após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região enviar  um comunicado ao magistrado autorizando a expedição de mandado de prisão do petista. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso tríplex.

Moro estabeleceu que Lula se apresente voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba. “Relativamente ao condenado e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedo-lhe, em atenção à dignidade cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17h do dia 06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”.

“Destaco que, contra tal determinação, foram impetrados Habeas Corpus perante o Superior Tribunal de Justiça e perante o Supremo Tribunal Federal, sendo que foram denegadas as ordens por unanimidade e por maioria, sucessivamente, não havendo qualquer óbice à adoção das providências necessárias para a execução”, diz o ofício do tribunal.

O procurador regional da República Mauricio Gerum defende que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisa aguardar a análise pelo Tribunal Regional da República da 4ª Região de eventuais novos recursos da defesa do petista, os chamados embargos dos embargos.

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Please enter comment.
Please enter your name.
Please enter your email address.
Please enter a valid email address.
Please enter a valid web Url.