Partidos oficializam candidaturas à Presidência

Em meio a lágrimas e aplausos, Jair Bolsonaro foi oficialmente lançado como candidato do partido à Presidência da República. “Não temos grande partido, nem fundo partidário, nem tempo de TV, mas temos o que os outros não têm, que são vocês, o povo Brasileiro.

Convidada para integrar a chapa como vice, a advogada Janaína Paschoal também esteve na convenção. ‘Precisa amadurecer’, declarou ela sobre o convite. Vice será definido até dia 5 de agosto.

Janaína disse que não tem fidelidade a Bolsonaro, e sim ao seu país. “Temos que ter cuidado pra não aceitar apenas discurso homogêneo, e não criar um PT ao contrário”. Ela foi bastante aplaudida por isso na convenção do PSL, que oficializou a candidatura de Bolsonaro neste domingo.

O início da temporada das convenções nacionais eleitorais, ou seja, eventos que os partidos são obrigados a realizar para a escolha dos nomes que vão disputar a Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Governadores e deputados estaduais e distritais, começou nesta sexta-feira (20) e segue até o dia 5 de agosto.

O PDT confirmou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido na sexta (20). “Ciro tem a responsabilidade de ser a síntese do Brasil soberano, mais justo e mais solidário”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

O Partido Social Cristão (PSC) homologou a candidatura de Paulo Rabello de Castro à Presidência da República. “A exemplo de 2014, apresentamos à sociedade não apenas um nome, mas um projeto de Brasil. Cremos que a nossa proposta é a melhor para tirar nosso país da crise que aflige nosso povo”, ressaltou o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo Pereira.

“Nós representamos o melhor futuro para o nosso país a partir de 1º de janeiro de 2019. Este é o início de um esforço para eleger o próximo presidente da República e também a maior bancada que o PSC já teve na Câmara dos Deputados e no Senado”, disse Paulo Rabello.

Outros quatro partidos realizaram convenções nacionais neste fim de semana. PSOL, PMN e Avante se reuniram no sábado. O PSOL confirmou a candidatura de Guilherme Boulos, com Sônia Guajajara de vice.

No próximo sábado (28), PTB e PV realizam convenções nacionais. Os dois partidos não devem lançar candidatura própria a presidente da República, mas definirão nesses encontros suas políticas de alianças. O PSB se reunirá no dia 30 de julho e também não terá candidato próprio.

A maioria das convenções se concentrará entre os dias 1º e 5 de agosto. Até o momento, 11 partidos anunciaram que vão se reunir nesse período, incluindo o MDB, o PT, o PSDB e a Rede. Os partidos têm que registrar as chapas e as alianças no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até as 19h do dia 15 de agosto.

Para o especialista em Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Praça, é impossível saber agora qual candidato será escolhido para a disputa de um segundo turno presidencial, por exemplo.

Ele ressaltou que o jogo político é muito diferente dos outros pleitos presidenciais disputados nos últimos anos. “A incerteza eleitoral desse ano é muito alta e isso incentiva os partidos a lançarem suas próprias candidaturas. Ao contrário das últimas cinco, seis eleições presidenciais, o cenário hoje é muito incerto. É impossível dizer hoje quem irá para o segundo turno”, ressaltou ele, em entrevista à Agência Brasil.

Outra diferença desta corrida eleitoral, em comparação com eleições passadas, são os possíveis lançamentos de candidaturas próprias de partidos que tradicionalmente estiveram apenas na composição das chapas de outras siglas, caso do MDB, PC do B e DEM.

Por isso, nada impedirá que um candidato, que hoje se encontra longe da preferência do eleitorado, seja um dos representantes escolhidos para a votação de segundo turno das eleições, como explica o especialista da FGV, Sérgio Praça.

“Mesmo o Henrique Meirelles, do MDB, ele tem um por cento agora nas pesquisas. Mas, ele vai ter bastante tempo no horário eleitoral. Quem sabe ele não vai para 10%, 15%? Não acho impossível, não. Então, o partido tem pouco a perder hoje em lançar um candidato assim”, disse.

 

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