A retórica falida de esquerda e o ano da faxina – Por Fernanda Barth

Tenho visto seguidamente a esquerda explorar a retórica de que a questão financeira leva ao crime. Que, portanto, o crime é uma consequência da desigualdade econômica e que quem o pratica é então uma vítima do sistema capitalista e da luta de classes. Neste contexto romantizado a lá Rousseau, o criminoso é o bom selvagem, digno de pena, e merece toda a compaixão da sociedade pois foi jogado nesta condição por ser pobre.

É preciso dizer que esta é uma retórica absolutamente preconceituosa e tem causado revolta na população. Associar a pobreza ao crime é tremendamente desonesto e só serve para a construção do discurso do marxismo cultural. Pura doutrinação. A esmagadora maioria dos pobres são trabalhadores, honestos e repudiam a roubalheira e a corrupção no qual este país está imerso. Pagam suas contas em dia, se esforçam para melhorar de vida. Aparecem nas pesquisas como conservadores, capitalistas e defensores do mérito, pois sabem dar valor ao que conquistaram com o esforço de seu trabalho e não querem perder. Aliás, a maioria dos grandes criminosos brasileiros são ricos e estudados e os assassinos, estupradores e sequestradores geralmente psicopatas que optaram conscientemente pela carreira na bandidagem, pois vivemos em um país com alto índice de impunidade, onde o risco-benefício de se praticar um crime é bastante baixo.

Importante dizer que quem sustenta a esquerda hoje no Brasil são os militantes que dependem dela financeiramente e uma intelectualidade orgânica de classe média, moldada em anos de universidades e escolas marxistas. A maioria da população já se deu conta do grande engodo. Os pobres não se sentem mais representados. Já se deram conta que têm sido usados para fazer discurso político e por isto estão se afastando da esquerda. Não vêem a sociedade dividida pela luta entre pobres e ricos, trabalhadores e empresários, e todas estas outras dicotomias artificiais criadas para manter o controle do jogo político.

A máscara da esquerda caiu, desvelando uma face hipócrita, em meio a bilhões desviados, sítios, tríplex, vinhos caros e roupas de luxo, joias pagas em dinheiro vivo, fraudes em fundos de pensão e obras milionárias de infraestrutura no exterior pagas com dinheiro nosso. O discurso de se preocupar com os trabalhadores e com os pobres foi suplantado pela dura realidade apresentada pelo Mensalão e a Lava-Jato.

O pobre brasileiro já não cozinha na primeira fervura, desiludido com a política que tem sido praticada, tornou-se extremamente pragmático. Não liga mais para discurso. Quer resultado. Quer ação positiva na sua vida e em seu bolso, quer eficiência no serviço público, quer gestão eficiente e comprometida. E é por tudo isto que ventos mais liberais começam a soprar por aqui, porque eles simbolizam algo novo, uma política praticada para o cidadão e não para as castas e oligarquias que normalmente controlam o estado. E é isto que a população quer em 2018, o ano da grande faxina política, onde os fraudadores, corruptos e hipócritas serão mandados para casa ou para a cadeia.

Por Fernanda Barth, Jornalista, blogueira e cientista política

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  1. Fernando bertuol

    Análise correta. Tomara que o povo tenha realmente entendido que o discurso da esquerda está longe do que eles praticam