Cerca de 1,2 mil venezuelanos deixam o Brasil após conflito

Segundo Exército brasileiro, parte dos 1,2 mil imigrantes que cruzaram a fronteira de volta à Venezuela estava no centro de triagem, que chegou a suspender o atendimento após confronto com moradores de Pacaraima, em Roraima. O conflito aconteceu depois que uma família relatar ter sido assaltada por um grupo de venezuelanos. No assalto, um comerciante foi agredido e levado ao hospital. A região deve receber o reforço de 60 homens da Força Nacional de Segurança.

O presidente Michel Temer fez uma reunião de emergência  neste domingo, 19 no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, para avaliar a situação em Roraima, onde brasileiros e venezuelanos entraram em conflito.

Revoltados com o fato de as ruas da cidade estarem tomadas por acampamentos improvisados de venezuelanos, expulsos de seu país por conta da crise econômica, social e política, provocada pelo governo Nicolás Maduro, os moradores de Pacaraima, depois do violento assalto, resolveram reagir à presença dos venezuelanos, tocando fogo nos acampamentos e pertences deles e forçando-os a deixar o Brasil. O clima é de tensão e preocupa as autoridades brasileiras.

O governo federal teme que a situação tensa em Pacaraima se estenda para Boa Vista e possa gerar um confronto generalizado nas duas cidades. Os brasileiros que moram em Roraima se queixam da criminalidade ter aumentado no estado e da situação crítica que se vê nas cidades, por conta da “invasão” de venezuelanos,que criaram um colapso no sistema público local, além de estarem espalhados em acampamentos improvisados em todos os pontos das cidades.

O governo de Roraima tenta conseguir fechar a fronteira para os venezuelanos, mas a medida é rejeitada pelo Planalto. O problema acabou se agravando, com disputas políticas e acusações de parte a parte, turbinado pelo momento eleitoral.

Há reforços nos hospitais, caso haja necessidade de atendimento e mais policiais do estado e de tropas federais foram convocados para reforçar a segurança. Em Pacaraima, o Exército está reforçando a segurança do perímetro do acampamento legalizado para evitar invasões ou ameaças. O governo federal quer evitar novos confrontos e o por isso, o patrulhamento na cidade foi aumentado.

De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, “a situação está tensa, mas se estabilizou e está sob controle”. O ministro informou que requisitou um avião da Força Aérea para transportar uma equipe de reserva da Força Nacional, de Brasília, para reforçar a segurança local se houver necessidade. O presidente Michel Temer está sendo informado e as autoridades federais estão monitorando e acompanhando o desenrolar dos acontecimentos no local.

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