Nove ministros planejam deixar cargos para disputar eleições

A três semanas do fim do prazo previsto em lei, ao menos nove ministros do governo Michel Temer planejam deixar os cargos para disputar as eleições.Nesta semana, o G1 consultou todas as pastas cujos ministros são políticos ou têm mandato parlamentar.

Por lei, os ministros que quiserem se candidatar na eleição de outubro precisam deixar os cargos seis meses antes do pleito, prazo que neste ano terminará em 7 de abril.

Ministros que planejam deixar os cargos até o mês que vem:

Marx Beltrão (MDB-AL): Turismo
Ricardo Barros (PP-PR): Saúde
Sarney Filho (PV-MA): Meio Ambiente
Fernando Coelho Filho (sem partido-PE): Minas e Energia
Maurício Quintella (PR-AL): Transportes
Leonardo Picciani (MDB-RJ): Esporte
Osmar Terra (MDB-RS): Desenvolvimento Social
Mendonça Filho (DEM-PE): Educação
Helder Barbalho (MDB-PA): Integração Nacional

Ministros que ainda estão em dúvida:

Henrique Meirelles (PSD-SP): Fazenda
Gilberto Kassab (PSD-SP): Ciência, Tecnologia e Comunicações

Ministros que decidiram ficar no governo:

Eliseu Padilha (MDB-RS): Casa Civil
Moreira Franco (MDB-RJ): Secretaria-Geral
Carlos Marun (MDB-MS): Secretaria de Governo
Raul Jungmann (PPS-PE): Segurança Pública
Blairo Maggi (PP-MT): Agricultura

O presidente Michel Temer tem discutido com os auxiliares mais próximos os nomes cotados para os ministérios e eventuais trocas dos partidos que comandam as pastas.

O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, fez uma rodada de conversas com os ministros que podem sair para discutir a sucessão e lideranças de seus partidos.

De acordo com o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Temer decidiu que o ministro que deixar o cargo só poderá indicar sucessor que estiver alinhado com o Planalto e com o candidato do governo nas eleições de outubro.

O Planalto tenta acertar que, para continuar à frente dos ministérios, os partidos terão de garantir apoio nas votações no Congresso e defender o governo na campanha eleitoral.

Dificuldades

Apesar da intenção, o governo enfrenta dificuldades para assegurar alianças eleitorais neste momento.

O PP, por exemplo, tem a expectativa de continuar com o Ministério da Saúde após a saída de Ricardo Barros mas incentiva a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, por sua vez, já disse que não será o candidato responsável por defender o “legado” do governo Temer.

Além disso, há disputas nos partidos para decidir quem comandará os ministérios após a reforma. No caso da pasta do Desenvolvimento Social (MDS), a disputa ocorre dentro do MDB-RS. O atual secretário-executivo, Alberto Beltrame, e o deputado federal Jones Martins são cotados para o cargo.

Situação semelhante acontece no MEC, onde a secretária-executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, pode herdar a cadeira de Mendonça Filho. O mesmo pode ocorrer no Esporte, com a possibilidade de escolha de Fernando Avelino Boeschenstein Vieira para a vaga de Leonardo Picciani.

No Ministério Minas e Energia, segundo o Blog do Camarotti, o controle do ministério é disputado por dois senadores do MDB: Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM). Os parlamentares gostariam de indicar o nome do substituto de Fernando Coelho Filho, que deve concorrer a deputado federal.

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