Advogados de Lula são alvos de operação que investiga desvios no Sistema S

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, uma operação que investiga tráfico de influência no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União com desvios de dinheiro público através do Sistema S. Os advogados do ex-presidente Lula (PT), Cristiano Zanin e Roberto Teixeira são apontados como líderes do esquema. Eles foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje.

Os agentes da PF também realizam buscas em escritório de parentes de ministros do STJ e TCU em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O esquema

Segundo o Ministério Público, os envolvidos teriam desviado mais de R$ 150 milhões através do Sistema S. A informação foi dada durante uma delação premiada do ex-presidente da Fecomercio, SESC e SENAC Rio, Orlando Diniz, preso em 2018.

Secundo Diniz, as irregularidades começaram em 2011, durante sua gestão no SESC estadual. Investigado e correndo risco de perder o comando das santidades, Diniz procurou Zanin e Teixeira, buscando a “compra de uma solução política”.

A dupla de advogados, que defendia Lula, exigiram cada vez mais repasses do Sistema S, além de indicarem diversos outros escritórios. No total, Zanin e Teixeira teriam recebido R$ 67,8 milhões de dinheiro público. De acordo com o MPF, eles prometiam influenciar decisões do STJ em favor de Dizin, que estava sob risco de perder o comando das três entidades.

Escritórios

Os dois advogados indicaram diversos outros escritórios de advocacia para o caso. Segundo a investigação do Ministério Público, vários deles receberam grandes quantidade de recursos sem prestar nenhum serviço.

De acordo com os procuradores do caso, Zanin, Teixeira e Diniz criaram um aparato legal para desviar dinheiro para esses escritórios através da Fecomercio. A entidade, por ser uma instituição privada, não passa por fiscalização do TCU e da AGU, facilitando o esquema. Entre 2013 e 2016, o valor pago pela entidade foi 15 maior do que o escritório recebeu de seu segundo maior cliente.

Segundo documentos obtidos pelos investigadores, os contratos, mesmo assinados em nome da Fecomercio, sempre tratavam da batalha judicial de Diniz.

Orlando Diniz

Diniz foi preso em 2018 na Operação jabuti, que investigava o pagamento de propinas do presidente da Fecomercio para o então governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Ele foi denunciado por lavagem de dinheiro corrupção e associação criminosa.

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