PF mira Aécio, Cristiane Brasil e Paulinho da Força

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (11) a Operação Ross que apura propina paga ao menos seis parlamentares. A ação é baseada em delações de executivos da J&F. São cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, assim como 48 intimações para oitivas no Distrito Federal, em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e na Bahia, além de Mato Grosso do Sul, do Tocantins e Amapá.

No total, 200 homens trabalham na ação, que investiga o recebimento de vantagens indevidas por parte dos parlamentares no período de 2014 a 2017.

Equipes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal cumpriram, na manhã desta terça-feira (11), mandados de busca e apreensão em imóveis do senador Aécio Neves (PSDB) e da irmã dele, Andréa Neves, no Rio e em Minas Gerais.

Outros alvos desta operação são Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do partido Solidariedade; a deputada federal Cristiane Brasil (PTB); e empresários que, afirmam promotores, emitiram notas fiscais frias para Aécio.

Agentes estiveram em prédio de luxo na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, Zona Sul do Rio, onde o senador e deputado federal eleito tem residência. Equipe também está em um imóvel em Copacabana, também na Zona Sul carioca, de Andréa.

A procura de documentos faz parte de operação baseada em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud. Os executivos do grupo J&F relataram repasse de propina de quase R$ 110 milhões ao senador Aécio Neves, segundo o site G1.

A operação no Rio é braço de investida que ocorre simultaneamente em São Paulo (capital e interior, com nove mandados), Brasília, Bahia e Rio Grande do Norte. Decorre do inquérito 4519, que tem como relator, no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio.

Segundo a PF, o senador Aécio Neves comprou apoio político do Solidariedade, por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.

Como os envolvidos têm foro privilegiado, os mandados de busca e apreensão foram autorizados a partir de inquérito relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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