Ana Amélia tira votos de Bolsonaro no Sul

Indicada pelo “centrão” para compor chapa presidencial com Geraldo Alckmin, a senadora gaúcha Ana Amélia (PP) modificou o cenário político do Rio Grande do Sul.

Ao aceitar ser vice na chapa presidencial tucana, a senadora Ana Amélia bagunçou o palanque de Jair Bolsonaro, que contava com o apoio de Luiz Carlos Heinze, pré-candidato do PP ao governo. No mês passado, Heinze havia declarado apoio ao candidato do PSL, mesmo sem as bençãos do seu partido.

Heinze sairá como candidato ao Senado na vaga de Ana Amélia e o PP subirá no palanque do tucano Eduardo Leite, que contará com Alckmin e Amélia como cabos eleitorais.

Alckmin confirmou oficialmente nesta quinta (2) que a senadora será mesmo vice na sua chapa. Ele fez elogios à Ana Amélia e ressaltou o fato de ela ser mulher. “Quanto mais a mulher participar da política brasileira, mais ganha a sociedade brasileira”, afirmou.

O ex-governador de São Paulo também fez o anúncio oficial nas redes sociais. “Ana Amélia tem fibra e posições firmes. É uma apaixonada pelo trabalho, como mostra a sua assiduidade nas sessões do Senado”, escreveu no Instagram e no Twitter.

Nem bem saiu a confirmação de que Ana Amélia será vice de Geraldo Alckmin, a senadora do PP, antes elogiada por seguidores de Jair Bolsonaro, passou a receber ataques de perfis ligados ao candidato do PSL. A saraivada, aliás, uniu bolsonaristas e petistas.

Foi resgatado, por exemplo, por seguidores de Bolsonaro, um vídeo de Ana Amélia apoiando a eleição de Manuela D’Ávila (PC do B) para a prefeitura em 2012. Outros apontaram incoerência pelo fato de ela ser apoiadora da Lava Jato e ter na aliança envolvidos em escândalos investigados na operação, segundo o site BR18.

A entrada de Ana Amélia na chapa de Geraldo Alckmin representa uma guinada razoável à direita, em busca de eleitores que já foram do PSDB, mas estão com Jair Bolsonaro, interpreta Bruno Boghossian na Folha. O colunista lista cinco nichos em que a senadora do PP pode trazer votos para o tucano: “1) no antipetismo; 2) no setor rural; 3) nos movimentos conservadores; 4) no debate anticorrupção; 5) no Sul”.

Foto: Renova Mídia

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