Argentina às vésperas de eleição polarizada

Em corrida presencial ainda prestes a virar, país vizinho decide novo governante no próximo domingo

 

Recorte da situação

Com a economia em derrocada e uma taxa de inflação que ultrapassa os 100% ao ano, a Argentina se encontra diante de um cenário político complexo. Depois de experimentar governos tanto de direita, com Mauricio Macri, quanto de esquerda, sob a liderança de Alberto Fernández, o eleitorado se encontra em um flerte político inusitado. 

 

A grande estrela da atual campanha presidencial é Javier Milei, um economista ultraliberal de orientação política extrema-direita. Surpreendentemente, Milei lidera as pesquisas de opinião antes do primeiro turno, indicando um desejo de mudança radical por parte dos eleitores.

 

No segundo lugar nas pesquisas está Sergio Massa, ex-ministro da Economia do presidente Alberto Fernández. No entanto, o atual presidente não está concorrendo à reeleição devido a divergências internas no partido. 

 

Impacto no Brasil é tema de ciclo

À medida que a data das eleições argentinas se aproxima, no próximo domingo (22), o mundo observa com expectativa a evolução do cenário político, com muitos se perguntando quem emergirá como o próximo líder do país em meio a mudanças inesperadas. O destino político da nação será decidido por eleitores ansiosos para fazer suas vozes serem ouvidas em um momento crucial de sua história. 

 

Tal cenário reflete a fragmentação política no país, que será debatida no próximo ciclo do Brasil de Ideias Sponsors, promovido pelo Grupo VOTO, com os painelistas Marcos Troyjo (cientista político, economista e acadêmico-visitante na Universidade de Oxford) e Gustavo Segré (analista internacional, professor e comentarista político). A fim de promover uma análise do impacto das eleições argentinas no Brasil, os convidados palestrarão amanhã (18), ao meio-dia, no Restaurante Parigi, em São Paulo.

 

Sistema eleitoral

O sistema eleitoral argentino para a eleição presidencial segue uma versão modificada do sistema de dois turnos. Para ganhar a presidência em um único turno, um candidato deve obter 45% dos votos ou ganhar 40% dos votos e terminar 10 pontos percentuais à frente do segundo colocado. Caso nenhum candidato alcance esses limites, um segundo turno ocorrerá entre os dois candidatos mais votados.

 

Vale ressaltar que o voto é obrigatório para cidadãos com idade entre 18 e 70 anos, e a boa notícia é que o sufrágio foi estendido aos jovens de 16 e 17 anos, embora não seja obrigatório para eles.

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