PODEMOS CONVERSAR SEM PÍLULAS?

* Por Priscila Pereira Pinto

A equipe econômica e outros ministérios do atual governo mostram saldos positivos e abrem diversas frentes. São resultados tangíveis na área de infraestrutura, relações exteriores e comércio internacional, inflação baixa e retomada de crescimento econômico.

Projetos de interesse do governo, como a reforma da Previdência, correm no Congresso com enormes chances de aprovação. A MP da Liberdade Econômica e a Reforma Tributária já estão estruturadas e os responsáveis estão tentando falar com a sociedade sobre os aspectos positivos.

No entanto, pílulas publicitárias e chamadas curtas na imprensa não serão o bastante para que sejam, de fato, ouvidos. O Banco Central corta a taxa de juros, algo que pode impulsionar a economia, cadê matéria explicativa e comemoração?

Nada contra discutir desentendimentos entre políticos, mas acredito que analisar e reportar avanços são pautas mais relevantes. Neste sentido, é importante buscar um alinhamento com a imprensa que, como quarto poder, tem papel fundamental na luta por uma nação mais eficiente.

Precisamos parar de ofuscar as conquistas de vários membros do Executivo e do Legislativo. Devemos celebrá-las! Os dados econômicos, por exemplo, são promissores, especialmente no tocante ao emprego, produção e juros.

A arrecadação da Receita Federal foi a maior para um primeiro semestre desde 2014. Um incremento que ocorreu por meio do aumento de pagamento de impostos pelas empresas. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram a geração de mais de 410 mil postos de trabalho com carteira assinada apenas no primeiro semestre deste ano, superando o total de 2018. É o melhor resultado desde 2014!

Isso significa que o governo tem caminhado no rumo certo, mas como sociedade, nós não estamos debatendo sucesso e planejando um futuro promissor. Continuamos falando em pílulas cada vez mais amargas e difíceis de engolir. Vamos conversar sem elas?

* Priscila é CEO do Instituto Millenium. Cientista política pela Fordham University (Nova Iorque), tem mestrado em Gerenciamento Político pela George Washington University (Washington DC) e é pedagoga. Empresária da consultoria Novas Gestoras.

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