Atos contra reformas trabalhista e da Previdência fecham ruas no País

Várias cidades brasileiras viveram momentos de caos nesta quarta-feira (15), dia de paralisação geral convocada por centrais sindicais em todo o país. De norte ao sul, escolas (públicas e particulares), universidades, centros de saúde, transporte público e vários outros serviços ficaram sem funcionar como medida de repúdio à reforma na previdência, que pretende aumentar o tempo mínimo de contribuição e idade para quem vai se aposentar. Em vários pontos, os manifestantes fecharam rodovias exigindo o cancelamento da tramitação do projeto.

As paralisações contra a reforma da Previdência afetaram o sistema de transporte público da capital paulista. Os trens do Metrô, que normalmente começam a circular às 4h40, só começaram a operar parcialmente por volta das 6h25 e quase toda a frota de ônibus, que soma 14,6 mil unidades para o transporte médio diário de 9,6 milhões de pessoas permaneceu parada até por volta das 9h. Só nos trens do Metrô, viajam, diariamente, cerca de 3,2 milhões de passageiros.

Outros protestos bloquearam o trânsito em diversas partes da cidade. Manifestantes interromperam a passagem de veículos no viaduto Dona Paulina, no centro da cidade; na Ponte Santos Dias da Silva; na avenida Teotônio Vilela, na zona sul e na rua Alvarenga, no lado sudoeste, próximo à entrada para o campus da Universidade de São Paulo (USP).

Milhares de manifestantes também protestaram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra a reforma da Previdência. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), o ato reúne cerca de 10 mil pessoas. Os dois sentidos do Eixo Monumental foram interditados pela polícia, entre a Catedral e o Congresso.

Na madrugada, o Ministério da Fazenda foi invadido por manifestantes, por volta das 5 horas. Segundo o Movimento Sem-Terra (MST), 1.500 pessoas participaram da ocupação. Já a Polícia Militar contabilizou 200. Durante o ato, vidraças do prédio foram quebradas. Os manifestantes também levantaram faixas contra a reforma na parte de fora do edifício.

Uma briga que começou com o enfrentamento de estudantes mascarados contra guardas municipais acabou antecipando o fim da manifestação contra a reforma da Previdência no Rio de Janeiro. Após os estudantes lançarem alguns rojões contra o posto da Guarda Municipal, que fica em frente à Central do Brasil, os próprios sindicalistas que participavam do ato iniciaram uma briga com os mascarados. Pedras foram lançadas no meio do protesto.

Foto: Agência Brasil

 

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