BC reduz taxa básica de juros para 12,25%

A taxa básica de juros da economia brasileira foi reduzida pela quarta vez seguida. Ao decidir cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, leva a taxa ao patamar de 12,25% ao ano, menor valor desde janeiro de 2015. A sequência de quatro baixas consecutivas da Selic não era vista na economia nacional desde outubro de 2012, quando a taxa passou ao patamar 7,25% ao ano.

Em nota emitida após o fim do encontro, o Copom afirma que o conjunto dos indicadores de atividade econômica mostram sinais compatíveis com estabilização da economia no curto prazo e cita o comportamento favorável apresentado pelos últimos índices de inflação.

“O processo de desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta favorável”, destaca o documento.

O veredito do BC atende às expectativas do mercado financeiro. Os economistas consultados semanalmente pelo BC apontavam justamente para um recuo de 0,75 ponto percentual na taxa de juros após as reuniões desta quarta-feira.

“Entendemos que a decisão do Copom foi acertada, mas nosso desejo é de que o ciclo de redução da taxa Selic seja longo e consistente com o equilíbrio inflacionário, para terminar com uma das maiores aberrações de nossa economia: primeira colocada no ranking mundial dos juros reais”, alerta o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a decisão do Banco Central.

Segundo o presidente da FIERGS, para que a convergência rumo ao nível verificado em outros países seja viável, o governo federal precisa dar andamento ao conjunto de reformas necessárias para reduzir as pressões das finanças públicas sobre a inflação. Mas não apenas isso. “Há a necessidade de aumentar a competitividade do setor produtivo via modernização das leis trabalhistas, da legislação tributária e de um programa abrangente de concessões e privatizações”, diz.

Foto: FGV/Divulgação

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