Bolsonaro cria consenso com governadores sobre auxílio emergencial

A pesar da resistência de alguns governadores às medidas anunciadas pelo Governo Federal para combater a pandemia do coronavírus  no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro pacificou as relações e propôs um acordo para sancionar o auxílio emergencial para a recuperação fiscal de estados e municípios. Em reunião com o presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, além de governadores de todo o país, Bolsonaro construiu um consenso sobre os vetos que pretende fazer ao texto original aprovado pelo Congresso.

No início do encontro, Bolsonaro afirmou que buscava uma saída unânime, e que acredita que a política brasileira deva ser construída em conjunto e com entendimento entre as esferas de poder. Em cerca de uma hora de discussões, a postura do presidente da República foi elogiada pelos governadores, inclusive por João Dória. Durante sua fala, o governador de São Paulo parabenizou a postura de Bolsonaro. “Quero exaltar e cumprimentar a forma como essa reunião está sendo conduzida, buscando a união. Vamos juntos, vamos pelo Brasil, presidente”, afirmou.

Alcolumbre, que também teve atritos com o presidente, ressaltou que a reunião foi um marco histórico para a política brasileira. “Presidente Bolsonaro, hoje é dia de comemorar. Esse é o maior programa de apoio do governo federal a estados e municípios da história desse país. Estamos, neste encontro, fazendo história”, ressaltou.

Ao final da reunião, Bolsonaro reafirmou que sancionará o mais breve possível o projeto. “O governo federal, se Deus quiser, sancionará hoje mesmo esse projeto, com vetos, que, segundo nosso entendimento e com toda a certeza da maioria senão totalidade dos senhores governadores, deve ser mantido”, colocou.

Congelamento de salários

O Governo Federal propôs o congelamento dos salários de servidores públicos como uma das contrapartidas ao pacote de auxílio no valor de de R$ 60 bilhões a estados e municípios. Porém, quando foi votada no Congresso, a proposta foi reprovada.

Na reunião desta quinta-feira, Bolsonaro conseguiu o apoio dos governadores para manter o veto ao aumento ou reposição salarial, agradando tanto estados quanto a equipe econômica do Governo Federal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, temia que os governadores utilizassem o dinheiro disponibilizado pelo pacote para aumentar a folha de pagamento.

Segundo cálculos do Ministério da Economia, o congelamento de salários geraria uma economia de R$ 9,8 bilhões.

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Please enter comment.
Please enter your name.
Please enter your email address.
Please enter a valid email address.
Please enter a valid web Url.