Bolsonaro reduzirá impostos para aumentar número de contribuintes

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que pretende reduzir impostos para aumentar a massa de contribuintes, aproveitar parte da proposta da Reforma da Previdência, avançar na Reforma Trabalhista e endurecer a legislação penal.

Bolsonaro disse que estão quase confirmados em sua equipe o astronauta Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia, além de Paulo Guedes, para a Fazenda, e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), para a Casa Civil.

Segundo Bolsonaro, , a proposta do futuro ministro da Fazenda Paulo Guedes é por redução de impostos “até porque a continuar como está o Brasil não tem como ir pra frente”. O presidente americano Donald Trump fez isso, afirma, assim como a Inglaterra o fez há duas décadas.

“Se você diminui impostos, acredito que você pode gerar empregos e aumentar a massa que contribui para os impostos. Sendo assim, não perdemos nada. Ganhamos”, disse Bolsonaro, segundo o site JotaInfo.

Na esfera trabalhista, Bolsonaro disse que pretende avançar na questão “porque hoje em dia está muito difícil ser patrão no Brasil”. O presidente eleito afirma que “ninguém vai mexer no direito trabalhista até porque ele está garantido no artigo 7º da Constituição, mas as relações trabalhistas têm de ser modernizadas”.

Na seara penal, Bolsonaro afirma que pretende aprovar algo parecido com a lei dos three strikes, que contribuiu com a superlotação carcerária na Califórnia ao punir o autor de três crimes com prisão perpétua ou 25 anos de cadeia.

“Lá, após o terceiro crime, que seja dois furtos e um roubo, o elemento pega 25 anos de cadeia. Aqui eu pretendo botar 10 anos. Quer cometer três crimes? No que depender de mim, 10 anos de cadeia sem progressão”, afirmou.

Outra proposta é a redução da maioridade penal. “Talvez consigamos reduzir maioridade. Pode ter certeza que reduzindo, a violência tende a diminuir. Porque a molecada, de 16, 17 anos, que é minoria, 0,2% desse universo, sempre estão na frente dos crimes mais hediondos porque sabem que, se forem punidos, será por pouco tempo tendo em vista o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]”, disse.

A redução desejada por Bolsonaro é de 14 anos, mas ele prevê que nesse cenário a chance é quase zero de ser aprovada. “Se não for possível 16, que seja 17. E aí o futuro presidente, tendo resultado, tenta 16”, ponderou.

A extradição o italiano Cesare Battisti, afirma, não é prioridade, mas se for encontrada uma brecha legal para tanto, o governo vai trabalhar nesse sentido. “Queremos mostrar que aqui não é refúgio de terroristas ou criminosos como o Cesare Battisti”, afirma.

Questionado se ele havia se arrependido de suas falas mais fortes sobre a ditadura militar, Bolsonaro se disse muito feliz “porque eu mostrei realmente, hoje em dia muita parte da população entende, que não foi ditadura como a esquerda sempre pregou”.

“Pega as matérias censuradas e mostra para a população aqui agora. O pessoal vai rir. Agora, por que tinha censura muitas vezes? De acordo com articulista a palavra-chave que estava naquela matéria era para executar um assalto a banco ou até mesmo executar uma autoridade em cativeiro. Então essa era a censura. Era de algumas matérias pontuais levando-se em conta o autor da matéria”, disse.

Ao Jornal Nacional, na TV Globo, se disse totalmente favorável à imprensa livre, mas criticou novamente a Folha de S.Paulo pela matéria que revelou que sua assessora parlamentar Walderice Santos era uma funcionária fantasma, além da reportagem que denunciou um suposto caixa 2 envolvendo o pagamento para o disparo de mensagens pelo WhatsApp.

“Não posso considerar essa imprensa digna, mas não quero que ela acabe. Mas quem atuar como essa, mentindo descaradamente, não terá nosso apoio”, criticou. “Por si só esse jornal já acabou.”

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