Depoimentos na CPI do MST devem gerar desgastes ao governo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) prepara votações de requerimentos para convocar integrantes do governo nos próximos dias. Entre os alvos estão o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, e o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A CPI ainda aprovou a convocação de líderes dos movimentos rurais para prestar depoimento, como o presidente do MST, João Pedro Stédile, e o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade, José Rainha Júnior. As ações visam causar desgaste no governo Lula após a aprovação da reforma tributária e criar uma agenda positiva para a oposição bolsonarista.

Convocações investigam ligação entre MST e governo

Os convocados a depor na CPI serão questionados a respeito de uma suposta “vista grossa” do governo em relação ao aumento no número de ações do movimento desde o início do ano.

Gonçalves Dias, por exemplo, será interrogado sobre a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, no monitoramento das ocupações de terra. Dias também é um dos principais alvos da CPMI que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Ele foi exonerado em abril após a divulgação de imagens que o mostram ajudando alguns invasores a encontrarem a saída do Palácio do Planalto.

O ministro Rui Costa também será interrogado sobre a atuação da Abin, já que a agência passou a integrar a Casa Civil em março deste ano. A convocação do ex-governador baiano ocorreu após um racha entre PT e PSOL, quando a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) se recusou a cumprir um acordo entre oposição e governo para votar os requerimentos em bloco.

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