DEPOIS DE UM MÊS FORA DA CADEIA, LULA É INDICIADO PELA POLÍCIA FEDERAL

Depois de passar um ano e sete meses preso, Luiz Inácio Lula da Silva só está em liberdade em razão da decisão tomada pela maioria da corte do Superior Tribunal Federal, que votou no dia 07 de novembro, a contrariedade sobre a condenação em segunda instância. Passado pouco mais de um mês de sua saída da cadeia, o ex-presidente do Brasil foi indiciado pela Polícia Federal.

Desta vez, o motivo é seu possível envolvimento no caso em que, segundo os investigadores, a Odebrecht pagou R$ 4 milhões de propina ao Instituto Lula por meio de doações, entre 2013 e 2014. E, em troca, foi beneficiada em negócios com a Petrobras. A Polícia Federal também indiciou o presidente do Instituto, Paulo Okamoto, e os delatores Antonio Palocci e Marcelo Odebrecht.

Os advogados de Lula explicaram que as doações ao Instituto Lula têm identificação e que na época, ele não era mais agente público, sendo o Instituto Lula o beneficiário.

Relembre os demais processos em que Lula está envolvido:

Tríplex do Guarujá: Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS na forma da reserva e reforma de um apartamento no balneário.

Sítio de Atibaia: Neste caso, Lula é acusado de receber propinas das construtoras OAS e Odebrecht por meio de reformas, em 2010, num sítio no município do interior paulista.

Nomeação para Casa Civil: Em 2017, no entendimento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil em 2016 teve objetivo de combater investigações porque ele já figurava como réu em um dos processos da Lava Jato.

Empréstimos do BNDES para Angola: Para o Ministério Público Federal, Lula cometeu os crimes de corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro ao, supostamente, pressionar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social a liberar empréstimos para obras da Odebrecht em Angola.

Terreno para o Instituto Lula: O MPF acusa Lula de receber propina da Odebrecht, inclusive por meio da compra de um terreno em São Paulo no valor de R$ 12 milhões, para a construção de uma nova sede para o Instituto.

Compra de caças: Lula se tornou réu por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Zelotes. O ex-presidente é suspeito de interferir na compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro, produzidos pela fabricante sueca Saab, e na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627 de 2013.

MP das montadoras: Também no âmbito da Operação Zelotes, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Lula por corrupção passiva. Nesse caso, a denúncia se refere ao recebimento de propina para aprovar uma medida provisória que prorrogou incentivos fiscais para montadoras.

‘Quadrilhão do PT’: Segundo a denúncia, do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a cúpula do PT recebeu R$ 1,48 bilhão de propina em dinheiro desviado dos cofres públicos.

Guiné Equatorial e Instituto Lula: Lula é acusado de receber propina de empresários brasileiros, no valor de R$ 1 milhão, em troca de intermediar negócios destes empresários com o líder da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang. O pagamento teria sido feito de forma dissimulada, por meio de uma doação ao Instituto Lula.

Propina da Odebrecht: O juiz Vallisney de Oliveira aceitou denúncia por corrupção contra Lula, o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo. O caso envolve suposto pagamento de propina da Odebrecht em troca de favorecimento do governo federal.

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