Dez de 13 áreas da indústria já retomaram a atividade pré-pandemia

Entre as 13 indústrias mais importantes da indústria brasileira, 10 já se recuperaram ou ultrapassaram seu nível de atividade antes da pandemia da covid-19 chegasse ao país, em seis meses deste ano. Por exemplo, a produção de cimento é 22% maior do que em 2019. Na indústria de papel, o aumento foi de 15%, e na indústria de plásticos, 7,9%. A expectativa é que esses setores possam continuar em aceleração, principalmente com base no avanço da vacinação, o que pode aumentar o consumo. Mas, para isso, alguns obstáculos precisam ser superados.

A maior preocupação é que uma nova cepa do vírus force os governos a tomar medidas de quarentena novamente, o que pode ter um impacto direto na esperada recuperação econômica. Mas também há desafios como custos de matéria-prima e eletricidade, aumento das taxas de juros, desemprego e pressão da falta de peças de produção em alguns setores.

Alta demanda

Levantamento do Itaú Unibanco mostrou que, entre as indústrias com desempenho superior ao período pré-pandêmico, a siderúrgica (grande parte da demanda vem da construção civil) e a indústria de embalagens, por sua vez, promovem o desenvolvimento da indústria papeleira.

Na siderurgia, a produção de aço bruto no primeiro semestre do ano cresceu 3,5% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando 18 milhões de toneladas. No ano passado, muitos fornos foram fechados nos primeiros meses da crise e foram produzidas 14,6 milhões de toneladas.

A perspectiva inicial do setor para este ano inteiro era de alta de 6,7% na produção ante 2020, mas em maio o índice foi revisto para 11% e, neste mês, para 14%, o que daria 35,8 milhões de toneladas, informa Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil. Se confirmado, o volume será quase 10% superior ao de antes da covid-19.

Já a indústria de papel aumentou sua produção em 15% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2019, numa soma de 1,99 milhão de toneladas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). Parcela importante da demanda veio do crescimento de compras pelo e-commerce e o delivery de alimentos.

Fonte: Estadão

 

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