A difícil escolha dos “vices” candidatos à Presidência

Janaína Paschoal e Josué Gomes ainda não haviam decidido se aceitavam ser “vices” de dois candidatos à Presidência da República: Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB).

A advogada Janaina Paschoal pediu mais tempo para pensar e criticou ao comportamento dos seguidores do deputado federal. Ela afirmou que os adeptos da candidatura de Bolsonaro devem abrir diálogo com atores políticos que tenham opiniões distintas em alguns assuntos.A autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff disse que ainda precisa refletir se aceita o convite para participar da candidatura.

“Não se ganha eleição com pensamento único. Não se governa uma nação com pensamento único. Os seguidores, muitas vezes, do deputado Jair Bolsonaro têm uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas. Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário”, disse Janaína.

A advogada também demonstrou preocupação com a governabilidade em caso de vitória sem abertura ao diálogo. “Nós temos que somar. Não haverá vitória, e se houver a vitória, não haverá governabilidade. Temos que pensar nos dois momentos”, disse ela.

Já o empresário Josué Gomes (PR-MG), que ainda não havia definido se aceitava ser vice do pré-candidato Geraldo Alckmin,rejeitou a indicação e o convite para compor a chapa nas eleições deste ano.

Josué já tinha sinalizado que não aceitaria a vaga de vice do tucano. Durante o dia de ontem, ele chegou a afirmar que Alckmin estava livre para escolher outro vice. Segundo aliados do empresário, Josué creditou sua negativa a Alckmin à fidelidade que seu falecido pai, José Alencar, tinha ao ex-presidente Lula. José Alencar, morto em 2011, foi vice de Lula nos dois mandatos presidenciais do petista.

Josué também foi procurado para compor a chapa com o candidato Jair Bolsonaro (PSL), mas recusou.