Dose de reforço da vacina contra a Covid-19 será oferecida no Brasil a partir de setembro

O Ministério da Saúde divulgou uma nova etapa da vacinação para reforçar a imunização contra a Covid-19 de idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas. O anúncio foi feito nesta semana pelo Ministro da pasta, Marcelo Queiroga. A aplicação da dose de reforço deve começar a partir de setembro.

Para Queiroga, as respostas científicas irão direcionar os rumos do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Com relação a essa dose de reforço. Quero destacar a importância de defendermos a soberania do PNI, que é um patrimônio de todos os brasileiros. O Ministério da Saúde tem discutido essas ações com especialistas, com pessoas qualificadas, com respaldo científico”, ressaltou.

A necessidade de uma dose de reforço foi amplamente discutida por vários especialistas na Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (CTAI) e considera o aumento da resposta imune do organismo após a aplicação de uma nova dose, principalmente na população mais vulnerável aos sintomas mais graves da doença. “Temos que nos unir para falar a mesma língua. O que queremos é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo, todos tem o direito ao mesmo acesso à vacina. Vamos seguir juntos”, disse o ministro.

De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, o reforço vale para quem tomou qualquer vacina e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astazeneca.

Conforme o avanço da imunização desses dois grupos, a necessidade da dose de reforço também será analisada para outras faixas-etárias e públicos prioritários. A nova etapa da vacinação foi definida de forma tripartite, entre representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo a secretária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite é preciso que haja união de todos para que a imunização continue de forma eficiente. “Muitas vezes, nós temos que tomar decisões que, há 60 dias, eram de uma forma, e hoje é diferente. Por isso, que haja um respeito a essa coordenação central do Ministério da Saúde, que é compartilhada com todos esses entes. Se algum estado ou algum município foge daquele planejamento, isso vai atrapalhar não só aquele município, mas vai atrapalhar todos os outros entes da Federação. Estamos tentando trazer essa união e atingir o nosso objetivo comum que é imunizar toda a população brasileira e controlar toda essa pandemia nunca vista antes”, afirmou.

O reforço será orientado para imunossuprimidos, como as pessoas que fizeram algum tipo de transplante, por exemplo, que tomaram a segunda dose (ou dose única) há pelo menos 28 dias. Além disso, idosos acima de 70 anos, que completaram o ciclo vacinal há 6 meses, também devem receber mais uma dose de vacinas Covid-19.

Segundo dados do LocalizaSUS, o Brasil já aplicou na população geral 126.788.709 primeiras doses e 4.399.958 vacinas de dose única, totalizando 131.188.667 doses aplicadas. Com esse dado, a cobertura vacinal da população geral com pelo menos uma dose de imunizante contra a Covid-19 chega a 61,95%.

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