Economia deve ter avanço de 2,7%, diz CNI

Impulsionada pela expansão de 3% do setor industrial e de 6,5% do segmento de investimento, a economia brasileira deve ter um avanço de 2,7% em 2019. As estimativas constam no Informe Conjuntural – Economia Brasileira, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Outra alta prevista é no consumo das famílias, que deve registrar um salto de 2,9% no ano que vem. Esse cenário, porém, só deve se confirmar se houver um ajuste duradouro nas contas públicas, segundo a entidade. Avançar nas reformas estruturantes, como a previdenciária e a tributária, por exemplo, estão entre as medidas consideradas fundamentais.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a adoção dessas práticas garante melhorias no ambiente de negócios. Segundo ele, “o país deve se unir em favor de medidas que impulsionem o desenvolvimento econômico e social, como a desburocratização”.

Desemprego e inflação

As previsões da indústria para 2019 também apontam para queda na taxa de desemprego, que deve chegar a 11,4%. Outra estimativa indica que a inflação do país ficará em 4,1% no ano que vem. Já a taxa nominal de juros básicos da economia alcançará 7,50% ao ano no fim de 2019.

Apesar das previsões animadoras, a CNI enxerga riscos, caso o país opte por reformas limitadas ou incompletas. Para a Confederação, a confiança dos empresários e consumidores pode diminuir, o que resultaria na estagnação da economia.

“Essa situação poderá ter um afeito devastador na confiança dos agentes, causando rápida deterioração dos indicadores de risco-país, ativos financeiros e taxa de câmbio, com reflexos na taxa de juros doméstica”, alerta a CNI.

Frustração em 2018

De acordo com o informe da CNI, o crescimento do país neste ano ficou abaixo do que se estimou no fim de 2017. Para a instituição, o adiamento das reformas foi um dos fatores que prejudicou o desempenho da economia e do próprio setor.

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, deve encerrar 2019 com crescimento de 1,3%. A previsão inicial apontava que o indicador terminaria o ano em 2,6%. O PIB da indústria também deve crescer apenas 1,3%, índice menor do que os 3% estimados no início do ano.

 

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