Eleições 2020: Apenas 12% dos prefeitos eleitos são mulheres

Cresce o número de mulheres candidatas e eleitas em todo o país, porém, elas ainda são minoria na política

No Brasil, as mulheres correspondem a 52% do eleitorado, no entanto, ainda é minoria em representatividade política. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no último pleito, apenas 651 candidatas conseguiram se eleger para o cargo de prefeita municipal. Entre os homens, 4.750 assumirão o posto em 2021.

Entre os vereadores eleitos, o número de mulheres representou 16% de mais de 57 mil vagas em todo o país contra 84% de homens eleitos. Proporcionalmente, a capital brasileira com mais mulheres eleitas para a câmara municipal é Porto Alegre (RS). Dos 36 eleitos, 11 são mulheres (30,6%) e 25 são homens (69,4%). Já a capital com o menor número, também de forma proporcional, é João Pessoa (PB), com apenas uma mulher (3,70%), contra 26 homens (96,3%).

Dos 57 municípios que foram para o segundo turno, sete mulheres foram eleitas prefeitas. A única capital que será liderada por uma mulher será Palmas, que teve a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) reeleita. Nenhuma das cinco mulheres que disputavam o segundo turno em capitais foram eleitas.

Entre as cidades que decidiram em primeiro turno, 12,2% terão mulheres à frente do Executivo – em 2016, a proporção era de 11,57%.

No estado de São Paulo, a cidade de Bauru, terá a primeira mulher prefeita, a jornalista Suéllen Rosim (Patriota) que teve 55,98% dos votos. Outra cidade que terá uma mulher pela primeira vez no comando é Praia Grande, a candidata Raquel Chini (PSDB) foi escolhida e recebeu 53,52% dos votos.

Apesar desses números, e mesmo em menor quantidade, algumas candidatas receberam um número expressivo de votos, o que mostra confiança do eleitorado na representatividade feminina.