Em reduto tradicional de homens, uma mulher está entre os candidatos de direita que lideram a corrida presidencial na França

A três meses do primeiro turno da eleição presidencial na França, quatro candidatos de direita lideram a corrida ao Palácio do Eliseu. O presidente Emmanuel Macron, que deve tentar a reeleição aparece com 24% e 25% das intenções de voto. Valérie Pécresse e Marine le Pen estão tecnicamente empatados, com 18% e 16%, respectivamente. Éric Zemmour soma 12%. Seis candidaturas de esquerda apresentam-se fragmentadas e nenhuma tem mais de 10% das intenções.

A novidade fica por conta da presença da ex-ministra de Educação e de Orçamento entre os líderes. Valéria Pécresse – que atualmente dirige a região de Île-de-France, em Paris – venceu quatro pré-candidatos homens nas prévias do Partido Republicanos, em dezembro. Ela somou 61% dos votos.

Vale lembrar que a direita francesa sempre se mostrou um reduto tradicionalmente masculino. Aos 54 anos, Valérie Pécresse tem sido vista como o maior obstáculo aos planos de reeleição de Macron.

Pécresse se descreve como “um terço Thatcher, dois terços Merkel”. O ex-premiê Jean-Pierre Raffarin já a definiu como um trataor. Ela promete endurecer o policiamento, limitar a imigração, aumentar a idade da aposentadoria para 65 anos, enxugar o setor público e defender valores familiares.

Sobre o atual presidente, ele afirmou:

“Ao contrário dos extremos, vamos rasgar a página da era Macron sem rasgar a história da França.”

E acrescentou:

“Entre o titular e eu, há mais do que uma diferença de linha política, há uma diferença de caráter. Ele tem apenas uma ambição, a de agradar, enquanto eu tenho apenas uma paixão, a de fazer as coisas.”

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