Guerra entre Israel e Hamas pode impactar economia global

A eclosão de mais um conflito militar a níveis internacionais deve abalar a confiança econômica e gerar pressões inflacionárias no mundo todo. A guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou ao 4º dia e já acumulou um total de 1830 mortos segundo os dois lados.

Nos últimos meses, a economia mundial dava sinais de que conseguiria combater o aumento de preços ainda causados pela pandemia e pela Guerra da Ucrânia. No entanto, o novo conflito pode colocar em risco essa recente melhora.

A semana iniciou com as principais bolsas do mundo operando em queda, com os preços do dólar e do petróleo subindo. Apesar disso, os impactos do conflito na economia mundial e brasileira ainda são incertos. A região do Oriente Médio abriga grandes produtores de petróleo, como o Irã e Arábia Saudita, importantes rotas para o transporte de cargas e, portanto, as incertezas em relação às dimensões do confronto interferem nos preços. 

Uma possível entrada do Irã e do Líbano na guerra é vista como preponderante para definir o tamanho dos prejuízos econômicos. Economistas apontam que a participação desses países teria como consequência o aumento no preço das commodities. Uma reunião de emergência da Liga Árabe na próxima quarta-feira (11) vai discutir os próximos passos dos países islâmicos.

O Irã é o 9º maior produtor de petróleo do mundo, e sua participação na guerra teria efeitos diretos na produção mundial. 

Impactos na economia brasileira

A Petrobras avalia que ainda é cedo para avaliar as consequências do aumento no preço do barril de petróleo. “É mais um evento de volatilidade (sobre os preços). Vamos acompanhar, tentando mitigar a volatilidade para manter os preços mais ou menos estáveis”, afirmou o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

Entretanto, ele não descartou um aumento nos preços caso as cotações do petróleo se mantenham em níveis elevados por muito tempo. Isso geraria pressões inflacionárias e poderia influenciar a recente decisão do Banco Central de promover pequenos cortes mensais na taxa Selic.

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