Itália: forte terremoto atinge região central do país e deixa mortos

Um forte terremoto de magnitude 6,2 atingiu o centro da Itália na madrugada desta quarta-feira (24) – horário local – perto de Perugia (a menos de 200 km de Roma), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), organismo que registra os tremores em todo mundo. O número de mortos subiu a  247, segundo o premiê italiano, Matteo Renzi. Há também mais de 400 feridos. O número de desaparecidos passa de 100, segundo as agências de notícias internacionais.

Amatrice foi destruída pelo terremto. (foto The Guardian)

O número de vítimas, no entanto, pode aumentar. De acordo com Stefano Petrucci, prefeito de Accumoli, há ainda uma “quantidade indeterminável” de pessoas presas entre os escombros. Pelo menos 150 pessoas estão desaparecidas.

O tremor atingiu 6.2º na escala Richter — que vai de 0 a 9. O epicentro foi na cidade de Norcia, a 10 km da profundidade, e os tremores foram sentidos até na capital Roma, a 200 km de distância.

Vinte solicitantes de refúgio abrigados em uma estrutura em Monteprandone, na região de Marcas, partiram para trabalhar como voluntários em Amandola, uma das cidades da Itália atingidas pelo terremoto.

“Foram eles que pediram para dar uma mão neste momento trágico para a região que os abriga”, afirmou Paolo Bernabucci, dirigente do Grupo de Solidariedade Humana, órgão criado para atender milhares de pessoas que pedem refúgio quando entram no país todos os anos.

A Itália é um dos principais focos da crise migratória que afeta a Europa, resgatando todos os dias dezenas de pessoas de embarcações superlotadas no Mar Mediterrâneo. Os imigrantes que se disponibilizaram para ajudar em Amandola são todos do norte da África.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o país passa por um “momento de dor e de apelo à responsabilidade comum”. “O meu primeiro pensamento vai às vítimas desse devastador sismo que atingiu parte do território nacional”, disse ele.

Além disso, ele destacou que é preciso “usar todas as forças” para salvar vidas, curar feridos e oferecer as melhores condições possíveis aos desabrigados. “Depois, será necessário um rápido esforço para garantir a reconstrução dos centros destruídos e a retomada das atividades produtivas”, finalizou Mattarella.

O premiê Matteo Renzi garantiu que “nenhuma família, nenhuma cidade, nenhuma aldeia será deixada abandonada”.

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