Julgamento da chapa Dilma/Temer é histórico, diz Gilmar Mendes

O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e integrante do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes afirma que o julgamento das ações de cassação da chapa Dilma/Temer na Justiça eleitoral será histórico independente do resultado. Segundo o ministro, o processo é importante porque revela uma forma em que se fazia política no país que deve ser esquecida. Mendes afirmou que “ainda este ano” o caso terá um desfecho.

“Esse processo é extremamente importante, histórico, independente do resultado. O que se investiga é uma forma de fazer política que esperamos que fique no passado. Mais do que a importância do resultado, cassação, procedência, improcedência, é que haja esse documento histórico de como se fazia campanha no Brasil. E nesse caso é um retrato bastante autêntico porque estamos falando de campanha presidencial, vencedora. Isso que me parece relevante”, afirmou ele.

Gilmar Mendes minimizou o impacto da decisão do relator das ações, ministro Herman Benjamin, de tomar depoimentos de três delatores da Odebrecht, entre eles do empresário Marcelo Odebrecht, para o ritmo da tramitação do processo. “Acredito que daqui a pouco teremos isso definido. Ainda este ano”, disse.

Advogados das partes já avaliam que as oitivas poderão arrastar o caso. Isso porque se os delatores implicarem a campanha, as defesas vão atuar para rebater as falas.

Cinco delatores da Odebrecht que fecharam colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República revelaram aos investigadores fatos que estão relacionados com as ações de cassação da chapa. A informação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e foi repassada ao ministro, Herman Benjamin.

Como as colaborações ainda estão sob sigilo, Janot apenas relatou ao TSE que Marcelo Odebrecht, Claudio Melo Filho, Alexandrino Ramos, Benedicto Barbosa Junior e Fernando Reis prestaram depoimentos relacionados à campanha da chapa eleitoral Dilma-Temer em 2014”.

Nos bastidores, integrantes do TSE dizem que os depoimentos da Odebrecht devem ser um dos últimos atos da produção de provas das ações. Na sequência, Benjamin deverá pedir para o Ministério Público e as partes interessadas se manifestarem. Com o material em mãos, o relator vai elaborar um voto e liberar para a votação em plenário. Caberá ao presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, marcar uma data para o julgamento. Não há prazo previsto.

Fonte: JotaInfo

Crédito da Foto: TSE

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