Karim Miskulin, CEO do Grupo Voto, faz uma análise do ano que está chegando ao fim e das expectativas para 2023

Com o fechamento de 2022 se aproximando, a CEO do Grupo Voto, Karim Miskulin, analisa o ciclo que passou e o que espera para o futuro do país. A análise é feita, sobretudo, pela Karim cidadã, com esperança no desenvolvimento da nossa nação.

São pontos que traduzem receios – para não se repetir erros do passado – e expectativas – para avançarmos com democracia e progresso.

CORRUPÇÃO:
Parte do avanço no combate à corrupção no país se esmoreceu enquanto o Brasil dormia. Na calada da noite, o Congresso Nacional aprovou o projeto que altera a Lei das Estatais, autorizando políticos a assumirem o Conselho de Administração e a diretoria de empresas públicas. Não podemos baixar a guarda, tampouco retroceder.

SEM MARCHA RÉ
O esforço do governo Temer, em 2016, para blindar entidades de ingerência política e evitar desvios de recursos, ameaça fracassar sete anos depois. Uma lástima.

ALÔ, DEPUTADOS!
A ação do Congresso apavora especialistas anticorrupção, mas não surpreende. Viemos enfrentando a carência de compostura política e eleitoral. Falta unidade parlamentar e consciência cidadã aos eleitores. É preciso respeitar o ordenamento jurídico e as liberdades individuais para fazer existir, de fato, uma nação democrática. Parte do parlamento tenta resistir a uma interferência judicial no mandato.

CENSURA NÃO
Cidadãos de toga desrespeitam a República e afrontam a democracia ao bloquearem, sem processo, os meios de comunicação de deputados e senadores.

PARA PENSAR
Problematizar e fazer pensar é o nosso papel. Precisamos, aqui pelas redes sociais, influenciar para o progresso. Discordar é democrático e buscar coerência de conduta e postura ética é nosso dever – como eleitores e brasileiros.