Lula é criticado por apoiar iniciativa que acusa Israel de genocídio
A Embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota na última quinta-feira (11) que critica a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar a iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça da ONU (Organização das Nações Unidas) para investigar o país por genocídio no conflito contra o Hamas.
A representação dos israelenses nega as acusações, afirmando que o país atua de acordo com as regras do direito internacional e que suas operações militares têm como alvo apenas o grupo terrorista, e não a população palestina.
“Segundo a definição da ONU [Organização das Nações Unidas] para o termo genocídio, definições que o Brasil aprecia e trabalha à luz, o principal é a intenção. Israel não tem intenção de matar palestinos não envolvidos e evita isso tanto quanto possível”, diz a nota da Embaixada.
O apoio de Lula à iniciativa da África do Sul foi formalizado na última quarta-feira (10), após o presidente se encontrar com Ibrahim Alzeben, embaixador palestino no Brasil. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o governo brasileiro é a favor de uma solução de dois Estados, com um Estado Palestino dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
A proposta enviada pela África do Sul fala em violações da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio no conflito na Faixa de Gaza.
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