Michel Temer anuncia acordo com Congresso para impedir anistia ao caixa 2

O presidente da República, Michel Temer, anunciou neste domingo (27) um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para impedir a tramitação de qualquer proposta que busque anistiar o crime de caixa dois. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Temer disse que seria “impossível” sancionar uma proposta desse tipo.

Renan, Temer e Maia deram coletiva neste domingo.

“Temos feito, o Executivo e o Legislativo, ajustamento institucional em vistas a, se for possível, impedir a tramitação de qualquer proposta que vise a chamada anistia”, disse o presidente da República, ao lado de Renan Calheiros e Rodrigo Maia.

Na entrevista, Temer afirmou que há unanimidade dos dirigentes do Executivo e do Legislativo contra a proposta, o que é compatível com a “voz das ruas”

“Acordamos todos que não há a menor condição de, pelo menos patrocinado pelo presidente da Câmara e do Senado, levar adiante essa proposta”, afirmou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ressaltou nunca ter havido um debate com os líderes sobre qualquer tentativa de anistiar crimes eleitorais. O que se busca na Casa é tipificar o crime de caixa dois, dentro do projeto das 10 medidas contra a corrupção.

“Esse debate (da anistia), do ponto de vista da minha reunião com os líderes, nunca aconteceu e nunca acontecerá no dia da votação”, disse.

A posição foi reforçada pelo presidente do Senado. “Estamos fazendo um acordo, um ajuste institucional, no sentido de que não haverá apreciação de anistia a crime eleitoral, a caixa dois ou qualquer crime eleitoral”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apontou uma “confusão de comunicação” em relação à suposta proposta de anistia ao caixa 2. “Nossa intenção nunca foi anistiar crimes, já que o projeto [de medidas anticorrupção] enviado pela sociedade tipifica os crimes”, declarou Maia.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, reiterou que uma eventual proposta de anistia ao caixa 2 não terá andamento no Congresso.

“Essa matéria não deve tramitar. Devemos fazer o ajuste fiscal e vamos votar as matérias necessárias para retomar o crescimento da economia. Todas as nossas forças estarão voltadas para votarmos essas pautas, inclusive a lei orçamentária. Até o fim do ano, vamos aprovar a lei orçamentária de 2017”, afirmou o presidente do Senado.

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