Sérgio Moro pede prioridade ao pacote anticrime e desagrada Maia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro,  pediu ao Congresso que dê prioridade ao projeto de lei anticrime. “É um projeto importante, é uma questão urgente. Acho que os eventos que ocorreram este ano, especialmente [os ataques] no Ceará, acendem uma luz amarela de que a questão da segurança pública é algo que tem que ser tratado com a devida celeridade, porque as ameaças são cada vez maiores”, enfatizou.

Ao ser questionado se o pacote anticrime poderá tramitar junto com a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, Sérgio Moro afirmou que há espaço para as duas pautas.

“Na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto, não haveria maiores problemas. Mas nós vamos conversar, estamos abertos ao diálogo. Evidentemente, as decisões relativas ao Congresso pertencem ao Congresso”, disse o ministro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não gostou e criticou o ministro da Justiça. O deputado afirmou que Moro “conhece pouco a política” e está “passando” daquilo que é sua responsabilidade como ministro.

Ao ser questionado sobre a postura de Moro em relação ao andamento do pacote anticrime, Maia foi duro nas palavras:

“Eu acho que ele conhece pouco a política. Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é que tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas. Ele não é presidente da República. Ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele, porque ele tá passando daquilo que é a responsabilidade dele.”

Em nota, Moro rebateu às críticas:

“Sobre as declarações do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, esclareço que apresentei, em nome do Governo do presidente Jair Bolsonaro, um projeto de lei inovador e amplo contra crime organizado, contra crimes violentos e corrupção, flagelos contra o povo brasileiro. A única expectativa que tenho, atendendo aos anseios da sociedade contra o crime, é que o projeto tramite regularmente e seja debatido e aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso requer. Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais. Essas questões sempre foram tratadas com respeito e cordialidade com o Presidente da Câmara, e espero que o mesmo possa ocorrer com o projeto e com quem o propôs. Não por questões pessoais, mas por respeito ao cargo e ao amplo desejo do povo brasileiro de viver em um país menos corrupto e mais seguro. Que Deus abençoe essa grande nação.”

 

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