Mulheres de Poder: Patricia Audi

Convocada a remodelar a Secretaria do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Patricia Audi buscou injetar pluralidade e diversidade nesse colegiado composto por representantes da sociedade civil e incumbido de assessorar o presidente da República. A especialista em gestão pública demonstra que a busca do desenvolvimento exige a quebra de preconceitos, incluindo o de gênero. No chamado Conselhão, a participação feminina cresceu quase 80%.

“Estamos buscando uma gama mais ampla de setores e personalidades para que todos os problemas, as soluções e as grandes estratégias do país sejam discutidos a partir da contribuição dos conselheiros”, explicou Patricia Audi, ao assumir a função, em outubro de 2016.

Formada em Administração de Empresas pela Universidade de Brasília (UnB), Patricia Audi tem mais de 20 anos de experiência no serviço público, com atuação nos três poderes e nas três esferas. No Conselho, ela ressalta a importância de o grupo “transformar as discussões em políticas públicas coordenadas, factíveis e próximas da sociedade”.

Um exemplo disso foi obtido em 18 de julho, quando o governo federal publicou o Decreto 9.094/2017, que dispõe sobre a simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos, ratifica a dispensa do reconhecimento de firma e da autenticação em documentos produzidos no país e institui a Carta de Serviços ao Usuário, revendo o que já estava disposto no Decreto 6.932/2009. A publicação do Decreto atende à recomendação do grupo de trabalho do Conselhão que tratou de Desburocratização e Modernização do Estado.

Patricia ingressou na carreira de especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental em 1997. Desde então ocupou diversos cargos, incluindo os de secretária de Gestão Pública (Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), secretária de Transparência e Prevenção à Corrupção (Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle – CGU) e diretora de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Também foi secretária de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói (RJ) e superintendente do Plano Rio sem Miséria, no estado do Rio de Janeiro. Na Organização Internacional do Trabalho (OIT), coordenou o projeto de combate ao trabalho escravo no Brasil, considerado pela OIT como a melhor experiência internacional sobre o tema. Em razão de conquistas como esta, em 2007 foi escolhida uma das Mulheres Mais Influentes do Brasil, na categoria Direitos Humanos, em homenagem concedida pela Gazeta Mercantil e pelo Jornal do Brasil.

Em março passado, ela foi uma das palestrantes no I Fórum VOTO A Mulher e o Poder, realizado na IMED Porto Alegre. Aconselhou as mulheres presentes a encararem o machismo, em vez de fingir que não existe, e a acreditarem em si mesmas, em sua capacidade intelectual e emocional.

A missão de Patricia agora é unir e estimular cabeças capazes de apontar caminhos para o desenvolvimento do Brasil.

“O Conselho é um dos mais importantes instrumentos de participação democrática do Brasil”, afirma a secretária. “Nosso objetivo é torná-lo palco de discussões estratégicas, com um diálogo permanente entre setor produtivo, trabalhadores e sociedade civil organizada, de modo a proporcionar aconselhamento do mais alto nível ao presidente Michel Temer.”

FOTO: ANDRÉ FELTES/AGÊNCIA PREVIEW

 

 

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