NO PRIMEIRO BRASIL DE IDEIAS DE 2020, SECRETÁRIOS ENUMERAM AVANÇOS EM 2019

Durante o primeiro Brasil de Ideias do ano, no Rio de Janeiro, Rogério Marinho falou sobre a importância da aprovação da reforma administrativa e do contrato de trabalho Verde e Amarelo

O ano de 2019 foi de grandes avanços para o Brasil, com muitas conquistas e um crescimento sólido. Em 2020, a hora é de arrumar a “casa” e continuar aprovando projetos estruturantes, como a reforma administrativa. As análises foram feitas pelos secretários do presidente Jair Bolsonaro a uma plateia de diversos empresários e formadores de opinião.

“A principal mudança foi que o crescimento está acontecendo de forma distinta dos últimos dez anos. Estamos com um crescimento sólido, baseado também em um crescimento junto com a iniciativa privada. Com isso tivemos um 2019 de grandes conquistas e consolidação de tendências”, disse Rogério Marinho, Secretário Especial da Previdência e do Trabalho. “O Brasil está tendo a chance de se redefinir, de se redesenhar. Não podemos desperdiçar isso”, disse.

Ainda falando sobre 2019, Marcos Troyjo, Secretário Especial de Assuntos Internacionais e Comércio Exterior, classificou o ano como o mais importante da história do Mersocul. E isso aconteceu, diz, devido ao acordo firmado com a União Europeia.  De acordo com Troyjo, isso só foi possível graças a orientação dada pelo presidente de o Brasil interagir com todos os países, independentemente de orientações ideológicas.

Para 2020, Troyjo disse que o grande acordo que o país precisa fazer é consigo mesmo. “Porque se fizermos algumas reformas teremos ganhos de credibilidade e de competitividade que são muito importantes”, explicou.

Na mesma linha, Paulo Uebel, Secretário Especial de Gestão, Desburocratização e Governo Digital, disse que, na sua área, a reforma administrativa é o maior desafio para 2020. Ele ressaltou que apesar de a folha de pagamento do governo ter crescido muitos nos últimos dez anos, não tivemos retorno em serviços básicos, como saneamento e educação. “Por isso, ou enfrentamos esse desafio ou não seremos competitivos”, afirmou.

OUTRAS PAUTAS

Ainda falando sobre as perspectivas para 2020, Uebel falou sobre a necessidade de colocar ordem no ambiente regulatório para termos sucesso, pois hoje há no Brasil muitos problemas com relação ao assunto, como, por exemplo duplicidade e até sombreamento de leis.

Já Rogério Marinho, falou sobre a importância da aprovação, pelo Congresso, da medida provisória 905, que trata do contrato de trabalho “Verde Amarelo”, mudando as regras da legislação trabalhista.

Em outra frente, Eduardo Bettini, Coordenador Geral de Fronteiras do Ministério de Justiça, falou sobre o trabalho árduo que vem desenvolvendo nas fronteiras e também na expansão do trabalho para a divisa de estados, como em Goiás e Tocantins. Ele deu exemplos concretos de frutos colhidos, como a apreensão de 31 milhões de maços de cigarros contrabandeados, 180 toneladas de entorpecentes, 51 toneladas de agrotóxicos e cerca de 500 armas.

Por fim, Edson Vismona, presidente do Instituto ETCO, falou da importância de superar a fase de o Estado “viver para si mesmo”. “O Estado não pode atrapalhar, pelo contrário, tem que incentivar o empreendedor que cumpre regras. Não há país desenvolvido no mundo que não respeite a ética e a lei”, disse.

Karim Miskulin, CEO do Grupo Voto, que organiza o Brasil de Ideias, se disse muito otimista. “Todas essas conquistas de 2019 mostradas pelos nossos palestrantes são fundamentais para tornar a economia brasileira mais dinâmica. E tenho a convicção de que em 2020 vamos avançar ainda mais. Sempre com diálogos como os realizados aqui hoje”, disse.

CORONAVÍRUS

Questionado por jornalistas, o secretário Marcos Troyjo disse que o surto de coronavírus ainda não afetou exportadores brasileiros. Ele disse que o governo está atento aos efeitos econômicos da crise global, mas que não ouviu de exportadores sinais de impactos em suas vendas no exterior.

O evento contou com o patrocínio do Carrefour, Verde Ghaia, EMS Farmacêutica, RV Ímola e Solví.