O FUTURO DA AMAZÔNIA E REFORMAS ESTRUTURANTES SÃO DESTAQUES EM EVENTO DO GRUPO VOTO

As ações para o cuidado com a Amazônia e as reformas estruturantes foram alguns dos pontos discutidos durante a primeira parte do evento Seminário de Abertura do Legislativo 2020, realizado em Brasília pelo Grupo Voto.

Na palestra de abertura do dia, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, antecipou os planos para a Amazônia. Uma das frentes é uma grande regularização fundiária, medida classificada pelo ministro como essencial “para resolver os problemas, controlar e cuidar daquele território vasto”.

O segundo é um zoneamento econômico ecológico, que é uma espécie de “Plano Diretor” da Amazônia. A intenção é que, com isso, o Brasil consiga realizar um ordenamento territorial para ações estruturantes.

Outro ponto importante citado pelo ministro é o pagamento de serviços ambientais. “Nada mais justo de ser feito por quem preserva”, disse.

Por fim, mas não menos importante, Salles falou sobre a consolidação de uma agenda bioeconômica. Segundo o ministro, é fundamental que o processo de industrialização de produtos chegue na Amazônia. “É a indústria de transformação para fazer os produtos terem valor agregado”, afirmou.

Salles falou ainda sobre a importância da parceria com o setor privado para o desenvolvimento sustentável de toda a região. “A Amazônia é a questão mais emblemática no Brasil, ela é nossa vitrine. Precisamos cuidar dela não só porque o mercado internacional valoriza, mas porque é nosso patrimônio”, concluiu.

Participantes do painel ao lado do ministro, os deputados Arnaldo Jardim e Alceu Moreira elogiaram a condução do assunto pela pasta. Coordenador do painel, Stéphane Engelhard, vice-presidente do Grupo Carrefour Brasil, fez um questionamento sobre o plástico. Salles foi enfático ao responder sobre a importância da gestão do nosso lixo e da implementação de uma política de logística reversa que de fato funcione no país.

Reformas estruturantes

Nos painéis seguintes, lideranças falaram sobre a importância das reformas estruturantes e das prioridades e desafios do governo Bolsonaro em 2020.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, por exemplo, lembrou que o Estado fez a mais profunda reforma da previdência. Falou ainda da necessidade de outras duas reformas por parte do Governo Federal, a tributária e a administrativa. “A primeira vai ajudar muito na simplificação de nossos tributos, mas precisamos também do enxugamento, da redução de custos”, afirmou.

Em mais uma frente, Jorge Gerdau Johnnpeter, presidente do Movimento Brasil Competitivo, falou sobre outro ponto fundamental para o crescimento do país: a educação. “É um pecado o que estamos fazendo com a educação. Ainda formamos analfabetos funcionais. Daqui 10, 15 anos vamos pagar por isso”, disse.

Já Onyx Lorenzoni resumiu, durante sua explanação, que 2019 foi o ano de arrumar a casa e 2020 será o ano de cuidar das pessoas. “Em 2019, recuperamos a confiança interna para as áreas de comércio e serviço, e também a confiança internacional”, falou. “Em 2020, vamos reafirmar o conceito de que acreditamos nas pessoas, transferindo ao povo toda e qualquer iniciativa. O capital humano é a coisa mais decisiva para o presente e o futuro do Brasil”.

Onyx classificou o atual momento econômico e político do país como “disruptivo” e sem precedentes”. “Em 2018 o povo tomou a decisão de mudar o rumo e tomou um novo caminho. Elegemos um presidente que não tem fome de poder, mas fome de servir, com ética e honestidade”, afirmou.

Em outro painel, jovens líderes falaram sobre os desafios no Congresso. Entre os pontos levantados estão o investimento na criança, na tecnologia e a consciência e poder do voto. O Seminário de Abertura do Legislativo 2020 contou com o patrocínio de Carrefour Brasil, Carrefour Brasil, Verde Ghaia, EMS Farmacêutica, Solví Ambiental e RV Ímola.

Fotos: Wendel Lopes e Filipe Cardoso