Onde começa a transformação – Por Karim Miskulin

A verdade é que o Brasil só chegou aonde chegou porque todo mundo contribuiu para isso. Todos nós, de alguma forma ou de outra, uns por corrupção, outros por omissão, alguns por alienação, temos de assumir a culpa pela situação do país. A punição a quem cometeu crimes é necessária, mas se engana quem considerá-la suficiente. A cadeia para os corruptos não basta para colocar a nação no caminho da superação de suas mazelas. Temos de nos dar conta, por exemplo, que é um erro deixar a discussão dos temas mais relevantes restrita ao âmbito dos líderes empresariais e políticos. A conversa precisa chegar à base. Chegar de fato. Inteira. Íntegra. As questões têm de ser tratadas com consistência de informações, em vez de dados triturados por máquinas ideológicas mais ocupadas em alimentar a polarização do que encontrar o entendimento para objetivos comuns.

É necessária uma mudança profunda. Cultural e ética. A narrativa de país que a gente conhece tem de ser revista. Uma geração de políticos foi tragada por um sistema perverso, e a esperança de renovação é dissolvida pela descrença dos jovens. Esse vácuo de poder impõe um desafio para a sociedade. É preciso lidar com ele dentro de casa, nas escolas, nas empresas. Ou seja, a transformação começa por você, por mim, por nós.

É essa consciência que move o Brasil de Ideias. Criado há seis anos no Rio Grande do Sul, esse espaço de reflexão, movido pela Revista VOTO, está sendo levado para o resto do país. A primeira parada foi o Rio, em 13 de março. Edições em outros Estados vão ocorrer ao longo do ano.
É o momento de refletir, rever valores. E transformar o país.

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