PF prende grupo que preparava ataque terrorista durante as Olímpiadas

A Polícia Federal realizou a primeira prisão com base na lei antiterror. Foi preso um grupo de dez pessoas que já estava se preparando para um ataque terrorista durante a Olimpíada. O ministro Alexandre de Moraes detalhou o ocorrido em uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (21/7). De acordo com ele, o grupo se comunicava por Telegram e WhatsApp, tinha ligação com o Estado Islâmico e indicava a compra de um fuzil AK-47 no Paraguai. “As conversas passaram de simples comentários sobre atentados e passaram para atos preparatórios, que já se enquadram como terrorismo”, afirmou o ministro.

Segundo ministro Alexandre Moraes, conversas começavam a indicar preparação para ataques durante os Jogos Olímpicos.

Segundo o ministro as conversas começavam a indicar uma preparação para ataques durante os Jogos Olímpicos do Rio. Os investigadores descobriram que alguns deles fizeram juramentos ao Estado Islâmico e comemoraram os últimos atentados reivindicados pela organização terrorista, como os ataques em Orlando, na Flórida, e o ataque de Nice, na França.

O Estado Islâmico e outros grupos jihadistas conclamaram os seus seguidores a atuar como “lobos solitários” e realizar ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Entre os alvos sugeridos estão as delegações e visitantes dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Israel. Os métodos propostos abrangem a utilização de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito e o uso de veneno e medicamentos.

A defesa dos ataques foi realizada em inglês por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que costuma ser usado para estimular a ação de “lobos solitários”, revelou análise do SITE Intelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos Estados Unidos. Em junho, o Estado Islâmico criou no Telegram o primeiro canal para disseminação de propaganda jihadista em português, voltado para o público brasileiro. Desde então, seguidores do grupo passaram a disseminar a incitação de atos terroristas por um grupo que se autointitula “Ansar al-Khilafah Brazil”, que se apresenta como baseado no País.

O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a “porosa fronteira” com o Paraguai para levar armas ao Brasil. “O recente post sobre os Jogos Olímpicos do Rio diz que ‘vistos, entradas e viagens para o Brasil serão fáceis de obter’”, ressaltou a análise do SITE. Segundo a empresa, os jihadistas utilizam o Telegram para fornecer manuais para realização de atentados e celebram a realização de ataques.

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