Governo revoga decreto que autorizou atuação do Exército na Esplanada

Declaração à Imprensa

#AoVivoMinistros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, fazem declaração à imprensa. Assista:

Publicado por Agora No Planalto em Quinta, 25 de maio de 2017

No dia seguinte à ocupação da Esplanada dos Ministérios por tropas das Forças Armadas, o presidente Michel Temer seus ministros do núcleo político para discutir o decreto que instituiu a atuação das Forças Armadas em Brasília. Após repercussão negativa no País, assinou a revogação do decreto, que seria mantido até dia 31 de maio.

No decreto que revogou o ato anterior, o presidente afirma que, “considerando a cessação dos atos de depredação e violência e o consequente restabelecimento da Lei e da Ordem no Distrito Federal, em especial na Esplanada dos Ministérios”, ele decidiu retirar os militares das ruas de Brasília.

Ontem, após caos que se instalou em Brasília, a Esplanada dos Ministérios foi cercada pelos militares. Foram 7 presos, 49 feridos e um rastro de depredações de prédios públicos e de estruturas que compõem a Esplanada e incêndio na área interna dos ministérios da Agricultura.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou  que o presidente Michel Temer decretou a “ação de garantia da lei e da ordem” e, com isso, tropas federais passariam a reforçar a segurança na região.

O decreto assinado por Temer foi publicado em uma edição extra do “Diário Oficial da União” e prevê o emprego das Forças Armadas entre 24 e 31 de maio. A ordem foi assinada pelo presidente, por Jungmann e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen.

Durante os confrontos entre militantes e policiais, os prédios dos ministérios da Agricultura, da Cultura e do Planejamento tiveram focos de incêndio e vândalos também tentaram invadir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Outros ministérios foram alvos de depredação. Todos os prédios da Esplanada dos Ministérios estão sendo evacuados por questão de segurança. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deu início a um protocolo que prevê a liberação dos  servidores.

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral contra os manifestantes que atiraram e colocaram fogo em objetos. Um grupo de pessoas com rostos cobertos provocaram os policiais, jogando garrafas de água e pedaços de madeira contra os agentes e tentam furar a barreira colocada na Avenida das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, que impede o acesso à Praça dos Três Poderes. Parlamentares da oposição criticaram a atuação da polícia.

Alguns ministérios foram depredados, como os da Saúde, Fazenda, Ciência, Tecnologia e Inovação, Transportes, Trabalho, Planejamento, Turismo, Cultura, Minas e Energia, Defesa e Agricultura, que foi incendiado. Todos os ministérios foram evacuados. Os funcionários tiveram de deixar os prédios pelas garagens e pelas vias S2 e N2. Por volta das 16h, os bombeiros controlaram as chamas na pasta da Agricultura.

A biblioteca da Cultura sofreu depredações e o Museu Nacional voltou a ser alvo de pichações, como na época do impeachment de Dilma Rousseff (PT). Desta vez, as cobranças são por “diretas já” e “fora, Temer”.

Um grupo também ateou fogo nos banheiros químicos ao longo da Esplanada. Um dos pontos onde houve bloqueios foi em frente ao Ministério da Saúde.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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