Polícia Civil investigará assassinato de Marielle Franco

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que vai acompanhar pessoalmente as investigações para apurar a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes. Segundo o ministro, os responsáveis pelo crime “bárbaro” serão encontrados e punidos a qualquer custo.

“Quero dizer ao povo carioca, aos familiares da vereadora, aos seus amigos, aqueles que ao lado dela lutavam pelos direitos de todos e de todas, que nós vamos encontrar e punir os responsáveis por este bárbaro crime. Pelo tempo que for necessário e ao custo que for necessário, mas nós vamos fazer justiça a vereadora que tombou, fruto de um bárbaro crime e que nós envidaremos todos os esforços para que isso venha acontecer”, afirmou, durante uma entrevista à imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na região central do Rio de Janeiro.

O ministro destacou que caberá à Polícia Civil liderar as investigações e as demais corporações, como agentes de outros estados e as Forças Armadas, irão participar conforme a demanda, sobretudo com a integração das inteligências.

Jungmann disse ainda que ligou para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) para prestar solidariedade.A morte de Marielle, quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016, ocorre num momento em que o governo busca melhorar sua aprovação por meio da agenda de segurança pública.

Em fevereiro, o Michel Temer criou um ministério extraordinário para cuidar do tema, para o qual destacou Jungmann, que estava à frente da pasta da Defesa.

Partidos e políticos lamentaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) na noite de quarta-feira (14) na zona norte do Rio de Janeiro.

O PSOL, partido de Marielle, exigiu em nota “apuração imediata e rigorosa” do crime e afirmou que a atuação de Marielle “como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta”.

“Estamos ao lado dos familiares, amigos, assessores e dirigentes partidários do PSOL/RJ nesse momento de dor e indignação. A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta. Exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos!”, diz o texto.

A vereadora e o motorista do carro em que estavam foram baleados e ambos morreram. Uma assessora que a acompanhava sobreviveu. Testemunhas dizem ter ouvido dez tiros.

A morte da política de 38 anos ocorre dois dias antes de a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro completar um mês. A vereadora era contrária à medida.

No Twitter, pré-candidatos à presidência da República também lamentaram o assassinato da vereadora. “É muito grave e triste a notícia do assassinato da vereadora Marielle Franco do PSOL-RJ. As autoridades precisam abrir investigações rigorosas. Minha solidariedade, nesse momento de perda e dor. Que Deus possa consolar a família, amigos e companheiros de militância”, escreveu a pré-candidata da REDE, Marina Silva.

A pré-candidata do PC do B, Manuela D’Ávila, também se manifestou pela rede social: “Chocada e triste com o assassinato da Vereadora do PSOL no Rio, Marielle Franco. Apuração já! Ninguém vai calar as mulheres que lutam, Marielle. Meu abraço à família e aos companheiros e companheiras do PSOL.”

Flávio Bolsonaro (PSC), deputado estadual e adversário político do PSOL, também expressou condolências. Ele afirmou que a causa da morte da vereadora foi a “impunidade e a legislação penal frouxa”. “Meus sentimentos às famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela. A impunidade e a legislação penal frouxa seguem estimulando a violência.”

Em nota, o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que o “assassinato da vereadora Marielle Franco do PSOL fere não apenas o Rio de Janeiro. Fere a democracia brasileira”. “O país todo clama por mais segurança. Minha solidariedade à família de Marielle”, diz o texto.

Outros parlamentares, como os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF), Jandira Feghali (PC do B-RJ), Chico Alencar (PSOL-RJ), Wadih Damous (PT-RJ), Jean Wyllys (PSOL-RJ) também usaram a rede social para lamentar a morte de Marielle e cobrar investigações. Com informações da Folhapress/ABr.

Foto: Reprodução / Renan Olaz/CMRJ

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