Receita da Gerdau chega a R$ 37 bilhões

A Gerdau encerrou o ano de 2017 com R$ 37 bilhões de receita líquida consolidada, apresentando uma redução de 2% em comparação com o exercício anterior, influenciada pela diminuição de 4% nas vendas líquidas consolidadas. No ano, as vendas físicas consolidadas alcançaram 14,9 milhões de toneladas. A produção de aço, entretanto, cresceu 3% no ano, para 16,1 milhões de toneladas.

No ano de 2017, o resultado da Gerdau foi impactado negativamente por itens não-recorrentes no valor de R$ 861 milhões, sem efeito no caixa. Esses itens referem-se à reversão de provisão para contingências pela exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e a COFINS e por baixas contábeis – imobilizado e ágio – líquido de impostos. Em razão dos itens não-recorrentes, a Gerdau está apresentando seu lucro líquido e geração de caixa operacional (EBITDA) ajustados, de forma a melhor demonstrar o desempenho e o esforço de gestão realizado ao longo do ano. O EBITDA ajustado, que exclui os itens não-recorrentes, chegou a R$ 4,3 bilhões em 2017, um crescimento de 7% sobre o mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido ajustado da Gerdau apresentou significativa evolução, passando de R$ 91 milhões em 2016 para R$ 522 milhões em 2017.

Segundo o diretor-presidente (CEO) da Gerdau, Gustavo Werneck, “fechamos o ano de 2017 com evolução de nossos resultados. Reduzimos as despesas com vendas, gerais e administrativas em quase R$ 600 milhões em 2017 e o endividamento líquido da empresa em cerca de 10%, melhorando nossos indicadores de alavancagem. Nosso plano de desinvestimentos alcançou R$ 6,3 bilhões em valor econômico nos últimos quatro anos, permitindo a Empresa focar-se nos ativos mais rentáveis no segmento do aço e, ao mesmo tempo, seguir sua trajetória de transformação. Também geramos R$ 1,5 bilhão em fluxo de caixa livre no ano, em linha com a estratégia de disciplina de capital implantada pela Empresa. Em 2018, vamos trabalhar fortemente em prol da melhoria da rentabilidade de nossas operações, assim como maximizar a geração de fluxo de caixa livre e seguir reduzindo nosso endividamento”. Em janeiro, Gustavo Werneck passou a acumular a liderança da operação de aços longos na América do Norte até o anúncio de um novo líder, previsto para os próximos meses.

No quarto trimestre, a receita líquida consolidada foi de R$ 9,8 bilhões, 14% superior em relação ao mesmo período de 2016. As vendas físicas consolidadas foram de 3,8 milhões de toneladas, praticamente em linha com os últimos três meses do ano anterior, enquanto que a produção de aço consolidada subiu 19% perante o quarto trimestre de 2016, para 3,9 milhões de toneladas. De outubro a dezembro, a geração de caixa operacional (EBITDA) ajustada cresceu 65%, alcançando R$ 1,2 bilhão. O lucro líquido ajustado no quarto trimestre evoluiu para R$ 262 milhões contra um resultado negativo de R$ 203 milhões no mesmo período do ano anterior.

Durante o quarto trimestre, a operação Brasil (exclui usinas produtoras de aços especiais) comercializou 1,5 milhão de toneladas, 5% a menos em relação ao mesmo período de 2016. No mercado interno, as vendas cresceram 4%, para 908 mil toneladas, enquanto que as exportações foram reduzidas em 16%, para 554 mil toneladas, em razão da melhora da demanda brasileira, principalmente no segmento industrial.

Já as vendas de aço pela operação América do Norte (exclui usinas produtoras de aços especiais), alcançaram 1,6 milhão de toneladas, uma evolução de 10% em relação ao quarto trimestre de 2016. Nos demais países da América do Sul, foram comercializadas 383 mil toneladas, uma redução de 28% sobre os últimos três meses do ano anterior, principalmente pela desconsolidação da Colômbia a partir de junho de 2017. Desconsiderando esse efeito, as vendas apresentaram uma pequena redução nos períodos comparados devido, especialmente, aos menores volumes vendidos na operação no Peru.

No quarto trimestre, as vendas da operação de aços especiais (inclui usinas no Brasil, Estados Unidos e Índia) alcançaram 498 mil toneladas, 13% de acréscimo sobre o mesmo período do ano anterior, em razão da melhora da demanda do setor automotivo em todos os países em que a Gerdau atua, assim como do setor de óleo e gás nos Estados Unidos.

Desinvestimentos chegam a R$ 6,3 bilhões nos últimos quatro anos

Recentemente, a Gerdau anunciou a venda de suas duas hidrelétricas em Goiás e realizou importantes movimentos no mercado dos Estados Unidos, buscando ampliar a rentabilidade da operação de aços longos na região. Foram anunciadas a venda de usinas produtoras de vergalhões e fio-máquina, assim como unidades de transformação de aço – ambos produtos fortemente impactados pela expressiva entrada de importações. Com isso, a Gerdau alcançou R$ 6,3 bilhões de valor econômico em seu plano de desinvestimentos, iniciado em 2014.

Investimentos no ano alcançam R$ 873 milhões

No ano de 2017, os investimentos em ativo imobilizado (CAPEX) somaram R$ 873 milhões. Do valor total desembolsado no ano, 40% foram destinados para o Brasil (exceto usinas de aços especiais), 33% para a ON América do Norte (exceto usinas de aços especiais), 13% para a ON Aços Especiais (inclui usinas no Brasil, Estados Unidos e Índia) e 14% para os demais países da América do Sul.

Para 2018, a previsão de desembolso de CAPEX é de R$ 1,2 bilhão, com foco em manutenção e melhoria de desempenho. O aumento de CAPEX se deve ao deslocamento de parte dos investimentos de 2017 para 2018, que se somou aos previstos para o ano em curso.

Pagamento de dividendos será realizado no dia 21 de março

No dia 21 de março, a Gerdau S.A. realizará o pagamento de dividendos do quarto trimestre de 2017 no valor de R$ 51 milhões (R$ 0,03 por ação). Ao longo de todo o exercício, a Gerdau S.A. destinou R$ 136,5 milhões (R$ 0,08 por ação) para pagamento de dividendos distribuídos e a Metalúrgica Gerdau S.A., R$ 19,5 milhões (R$ 0,02 por ação) por conta de reservas de lucros preexistentes.

Sobre a Gerdau

A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais do mundo. No Brasil, também produz aços planos e minério de ferro, atividades que ampliam o mix de produtos oferecidos ao mercado e a competitividade das operações. Além disso, é a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. As ações das empresas Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.

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