Reportagem revela a origem de milhões de dólares destinados a organizações de esquerda no Brasil

A Revista Oeste, em reportagem intitulada “Os repasses milionários de Georges Soros”, atualiza os valores repassados em 2020 pela Open Society – uma fundação criada pelo bilionário para estimular democracias em mais de 100 países.

No Brasil, a organização Conectas Direitos Humanos recebeu da entidade do megaespeculador US$ 5 milhões de dólares em 2020 (o equivalente a R$ 25,7 milhões). A entidade, conforme a reportagem, “tem uma postura hostil ao trabalho da polícia e, recentemente, atuou contra a realização de audiências de custódia remotas (que reduzem custos e aumentam a agilidade do sistema prisional)”. O texto destaca que a atual diretora-executiva, Juana Kweitel, ajudou a promover a campanha do “Ele Não”, contra Jair Bolsonaro, nas eleições de 2018. Números de 2021 ainda não estão disponíveis.

Confira as organizações brasileiras que mais se beneficiaram com recursos de Soros em 2020:

– Associação Direitos Humanos em Rede (Conectas Direitos Humanos)
Repasse: 5 milhões de dólares (R$ 25,7 milhões)
Linha de ação: caridade educacional

– Instituto Clima e Sociedade
Repasse: 1,4 milhão de dólares (R$ 7,2 milhões)
Linha de ação: fortalecer as condições que alavanquem práticas duradouras de mitigação e resiliência das mudanças climáticas

– CESeC (ligada à Universidade Cândido Mendes)
Repasse: 1,1 milhão de dólares (R$ 5,7 milhões)
Linha de ação: promover a liberação das drogas e a agenda mais radical do movimento LGBT.

– Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares
Repasse: 1 milhão de dólares (R$ 5,1 milhões)
Linha de ação: apoiar hospitais do Maranhão durante a pandemia de Covid-19

– ParáPaz (agência do governo paraense)
Repasse: 1 milhão de dólares (R$ 5,1 milhões)
Linha de ação: ajudar o governo do Pará a atuar nos aspectos socioeconômicos da pandemia

A lista de beneficiados ainda inclui organizações como a Ponte Jornalismo, a Escola de Comunicação da UFRJ, a Fundação Getulio Vargas, a página Quebrando o Tabu, a ONG Viva Rio e o Instituto Igarapé.

A reportagem aponta para o crescimento dos investimentos da Open Society no Brasil desde 2016:

“Entre 2016 e 2019, a fundação de Soros repassou em média US$ 8,2 milhões por ano. Apenas em 2020, foram US$ 22 milhões, o equivalente a mais de R$ 113 milhões, considerando o câmbio médio do ano. O número de organizações beneficiadas também cresceu significativamente: de 48, entre 2016 e 2019, para 109, em 2020.”

E acrescenta:

“O financiamento não é ilegal. Mas o volume maciço de dinheiro vindo do exterior cria a sensação de que certas organizações de fato representam os desejos e as opiniões da sociedade — quando na verdade sua influência no debate público é fruto, em grande parte, das decisões tomadas em Manhattan, onde funciona a sede da entidade. O ciclo tem se repetido há anos: a Open Society decide financiar uma organização no Brasil, e essa organização ganha uma aparência de legitimidade desproporcional ao seu tamanho real. Com essa influência inflada com dinheiro estrangeiro, ela tem maior capacidade de influenciar o debate público — nos meios de comunicação e no diálogo com autoridades.”

Por último, vale lembrar que Soros ficou conhecido como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra” em 1992, quando ganhou cerca 1 bilhão de libras apostando “contra” a libra esterlina, a moeda corrente no Reino Unido. À época, foi acusado de ter ajudado a criar a crise financeira da Ásia em 1997.

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